Nutrição e Saúde
O papel do potássio na pressão arterial

O papel do potássio na pressão arterial: um mineral essencial para a saúde do coração
O potássio, um mineral essencial para o corpo humano, desempenha diversas funções vitais, desde a contração muscular e a transmissão nervosa até a regulação da pressão arterial. Ele atua como um eletrólito, ajudando a manter o equilíbrio de fluidos dentro e fora das células, e participa de importantes processos metabólicos.
A pressão arterial, por sua vez, é a força exercida pelo sangue contra as paredes das artérias. Quando essa força está elevada, caracterizando a hipertensão, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como infartos, derrames e insuficiência renal.
A relação entre potássio e pressão arterial já é bem estabelecida por pesquisas científicas. O potássio atua de diversas maneiras para ajudar a controlar a pressão arterial, como:
- Relaxando as paredes dos vasos sanguíneos: O potássio age como um vasodilatador, promovendo o relaxamento das paredes arteriais e diminuindo a resistência ao fluxo sanguíneo. Isso contribui para a redução da pressão arterial.
- Excreção do sódio: O potássio auxilia na excreção do excesso de sódio pela urina. O sódio, quando em excesso, retém água no corpo e aumenta o volume sanguíneo, elevando a pressão arterial.
- Equilíbrio de fluidos: O potássio ajuda a regular o equilíbrio de fluidos entre o interior e o exterior das células. Manter esse equilíbrio é crucial para a saúde cardiovascular e para o controle da pressão arterial.
Benefícios do potássio para a pressão arterial: um aliado para um coração mais saudável
O potássio, além de ser um mineral essencial para o corpo humano, atua como um poderoso aliado na luta contra a hipertensão e na promoção da saúde cardiovascular. Seus benefícios para a pressão arterial se manifestam de diversas maneiras:
1. Vasodilatação e redução da constrição dos vasos sanguíneos:
O potássio possui a capacidade de relaxar as paredes dos vasos sanguíneos, agindo como um vasodilatador natural. Essa ação diminui a resistência à passagem do sangue, promovendo um fluxo sanguíneo mais suave e eficiente. Consequentemente, a pressão arterial é reduzida, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.
2. Excreção do sódio e combate ao acúmulo:
O sódio, quando em excesso no organismo, retém água e aumenta o volume sanguíneo, elevando a pressão arterial. O potássio atua como um diurético natural, auxiliando na excreção do excesso de sódio pela urina. Dessa forma, o potássio ajuda a equilibrar os níveis de sódio no corpo, combatendo um dos principais fatores que contribuem para a hipertensão.
3. Equilíbrio de fluidos e saúde cardiovascular:
O potássio desempenha um papel crucial na regulação do equilíbrio de fluidos dentro e fora das células. Manter esse equilíbrio é essencial para a saúde cardiovascular, pois garante o bom funcionamento do coração e do sistema circulatório. Ao regular o equilíbrio de fluidos, o potássio contribui para a redução da pressão arterial e para a prevenção de doenças cardiovasculares.
Fontes alimentares de potássio

Incluir o potássio na sua dieta é essencial para garantir o bom funcionamento do seu corpo, especialmente para a saúde do coração e o controle da pressão arterial. A boa notícia é que diversos alimentos deliciosos e nutritivos são ricos nesse mineral essencial.
Abasteça seu corpo com potássio através destes campeões:
Frutas:
- Banana: Uma das frutas mais populares em potássio, com cerca de 422 mg por unidade média.
- Laranja: Uma laranja média oferece aproximadamente 237 mg de potássio, além de ser rica em vitamina C.
- Abacate: Rico em potássio (cerca de 349 mg por unidade média) e em gorduras boas, o abacate é um superalimento para a saúde do coração.
- Melão: Refrescante e fonte de potássio (aproximadamente 340 mg por fatia), o melão é uma ótima opção para um lanche saudável.
- Kiwi: Uma fruta pequena, mas rica em potássio (cerca de 231 mg por unidade média), além de ser uma ótima fonte de vitamina C e fibras.
- Morango: Delicioso e nutritivo, o morango oferece cerca de 298 mg de potássio por xícara.
- Damasco: Uma ótima fonte de potássio (aproximadamente 177 mg por unidade média), o damasco também é rico em vitaminas A e C.
Vegetais:
- Batata doce: Uma batata doce média fornece cerca de 545 mg de potássio, além de ser rica em betacaroteno e fibras.
- Espinafre: Este vegetal verde escuro é rico em potássio (aproximadamente 859 mg por xícara cozida), ferro e vitaminas A e C.
- Brócolis: Uma xícara de brócolis cozido oferece cerca de 470 mg de potássio, além de ser rico em vitamina C e fibras.
- Couve: Rica em potássio (aproximadamente 318 mg por xícara cozida), a couve também é uma ótima fonte de vitaminas A, C e K.
- Abóbora: A abóbora cozida fornece cerca de 422 mg de potássio por xícara, além de ser rica em vitamina A e fibras.
- Tomate: Um tomate médio oferece cerca de 292 mg de potássio, além de ser rico em licopeno, um antioxidante benéfico para a saúde.
Leguminosas:
- Feijão: O feijão preto, por exemplo, oferece cerca de 500 mg de potássio por xícara cozida, além de ser rico em proteínas e fibras.
- Lentilha: Uma xícara de lentilha cozida fornece cerca de 780 mg de potássio, além de ser rica em proteínas e fibras.
- Grão de bico: Rico em potássio (aproximadamente 485 mg por xícara cozida), o grão de bico também é uma ótima fonte de proteínas e fibras.
- Ervilha: Uma xícara de ervilha cozida oferece cerca de 489 mg de potássio, além de ser rica em vitaminas A e C.
Sementes e oleaginosas:
- Sementes de abóbora: Uma ótima fonte de potássio (aproximadamente 103 mg por grama), as sementes de abóbora também são ricas em zinco e magnésio.
- Sementes de girassol: Ricas em potássio (aproximadamente 696 mg por xícara), as sementes de girassol também são uma boa fonte de vitamina E e magnésio.
- Sementes de gergelim: Uma colher de sopa de sementes de gergelim oferece cerca de 96 mg de potássio, além de serem ricas em cálcio e ferro.
- Amêndoas: Uma porção de 23 amêndoas fornece cerca de 502 mg de potássio, além de serem ricas em proteínas, fibras e gorduras boas.
- Castanhas: Uma porção de 8 castanhas-do-pará oferece cerca de 493 mg de potássio, além de serem ricas em magnésio e gorduras boas.
Lembre-se: esta lista é apenas um guia inicial. Existem muitos outros alimentos ricos em potássio que podem ser incluídos em sua dieta. Consulte um nutricionista para obter um plano alimentar personalizado e adequado às suas necessidades.
O papel do potássio na pressão arterial

A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) recomenda a ingestão diária de 3.500 a 4.700 mg de potássio para adultos saudáveis. Já para indivíduos hipertensos, a ingestão pode chegar a até 5.000 mg por dia, sob acompanhamento médico.
Mas como alcançar essa ingestão recomendada? A resposta está em uma dieta rica em potássio e com baixo teor de sódio. Priorizar alimentos ricos nesse mineral e limitar o consumo de sódio é fundamental para manter a pressão arterial sob controle e garantir a saúde cardiovascular.
Lembre-se:
- Consulte um profissional de saúde para obter orientação personalizada sobre a ingestão ideal de potássio para o seu caso.
- Combine uma dieta rica em potássio com a prática regular de exercícios físicos e hábitos saudáveis para alcançar os melhores resultados para a sua saúde cardiovascular.
Limite o consumo de sódio:
- Evite alimentos processados e industrializados: esses alimentos geralmente são ricos em sódio e podem elevar a pressão arterial.
- Leia os rótulos dos alimentos: compare a quantidade de sódio por porção e escolha aqueles com menor teor.
- Tempere seus alimentos com ervas e especiarias: use ervas frescas, especiarias e outros temperos naturais para dar sabor aos seus pratos sem adicionar sódio.
- Cozinhe em casa: ter o controle sobre os ingredientes utilizados permite reduzir a quantidade de sódio nas suas refeições.
Suplementação de potássio: quando e como usar com segurança
Embora uma dieta rica em potássio seja a melhor maneira de alcançar os níveis recomendados desse mineral, em alguns casos específicos, a suplementação pode ser necessária.
Indivíduos que podem se beneficiar da suplementação de potássio, sob orientação médica, incluem:
- Pessoas com deficiência de potássio: causada por diarreia crônica, vômitos, sudorese excessiva, uso de certos medicamentos diuréticos ou distúrbios renais.
- Indivíduos com hipertensão grave: que não respondem adequadamente às mudanças na dieta e estilo de vida ou que apresentam alto risco de complicações cardiovasculares.
É importante ressaltar que a suplementação de potássio deve ser feita com acompanhamento médico rigoroso, pois o excesso de potássio no organismo pode ser prejudicial à saúde. Sintomas como fraqueza muscular, náuseas, vômitos, batimentos cardíacos irregulares e até mesmo parada cardíaca podem ocorrer em casos de hipercalemia (níveis elevados de potássio no sangue).
Antes de iniciar qualquer suplementação de potássio, consulte um médico ou nutricionista para:

- Avaliar a necessidade real da suplementação: o profissional irá analisar seu histórico médico, dieta e estilo de vida para determinar se a suplementação é necessária e segura para você.
- Definir a dosagem adequada: a dose ideal de potássio varia de acordo com cada indivíduo e suas necessidades específicas. O médico irá considerar fatores como idade, peso, estado de saúde e outros medicamentos em uso para determinar a dosagem correta.
- Monitorar os níveis de potássio: exames periódicos serão realizados para acompanhar os níveis de potássio no sangue e garantir que estejam dentro dos limites seguros.
A suplementação de potássio não substitui uma dieta rica em alimentos saudáveis e a prática regular de exercícios físicos. Adotar um estilo de vida saudável é fundamental para controlar a pressão arterial, prevenir doenças cardiovasculares e promover o bem-estar geral.
Relação entre potássio e medicamentos para pressão arterial
Embora o potássio seja um aliado na luta contra a hipertensão, é importante estar atento à sua interação com alguns medicamentos para pressão arterial.
Alguns medicamentos diuréticos, por exemplo, podem aumentar a excreção de potássio pela urina, levando à hipocalemia (níveis baixos de potássio no sangue). Sintomas como fraqueza muscular, fadiga, constipação e batimentos cardíacos irregulares podem indicar hipocalemia.
Outros medicamentos, como os antagonistas da aldosterona, podem causar retenção de potássio no organismo, levando à hipercalemia (níveis elevados de potássio no sangue). Náuseas, vômitos, diarreia, formigamento nas mãos e pés e batimentos cardíacos irregulares podem ser sinais de hipercalemia.
É crucial que, durante o tratamento com medicamentos para pressão arterial, você:
- Informe ao seu médico sobre todos os medicamentos e suplementos que você toma, incluindo aqueles sem receita médica e vitaminas.
- Tenha seus níveis de potássio monitorados regularmente através de exames de sangue. Isso permite que o médico avalie se o medicamento está afetando os níveis de potássio e, se necessário, ajuste a dosagem ou o tipo de medicamento.
- Esteja atento a qualquer sintoma que possa indicar hipocalemia ou hipercalemia. Se você apresentar qualquer um dos sintomas mencionados, procure seu médico imediatamente.
Lembre-se:
- A automedicação com suplementos de potássio pode ser perigosa. A dosagem e o uso devem ser sempre orientados por um médico.
- Seguir as instruções do seu médico é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do tratamento da pressão arterial.
- Combinar o tratamento medicamentoso com uma dieta rica em potássio, pobre em sódio e a prática regular de exercícios físicos é essencial para o controle da pressão arterial e para a saúde cardiovascular como um todo.
Ao tomar os devidos cuidados e seguir as orientações médicas, você estará no caminho certo para controlar a pressão arterial, prevenir doenças cardiovasculares e viver uma vida mais saudável e plena.
Dicas adicionais para uma vida com a pressão arterial saudável
1. Busque orientação profissional:
- Consulte um nutricionista ou médico para obter um plano alimentar personalizado e adequado às suas necessidades. O profissional irá avaliar sua dieta atual, estilo de vida e histórico de saúde para determinar a ingestão ideal de potássio para você.
- Informe ao seu médico sobre todos os medicamentos e suplementos que você toma, incluindo aqueles sem receita médica e vitaminas. Isso é crucial para evitar interações medicamentosas e garantir a segurança do tratamento.
2. Reduza o consumo de sódio:
- Evite alimentos processados e industrializados: esses alimentos geralmente são ricos em sódio e podem elevar a pressão arterial.
- Leia os rótulos dos alimentos: compare a quantidade de sódio por porção e escolha aqueles com menor teor.
- Tempere seus alimentos com ervas e especiarias: use ervas frescas, especiarias e outros temperos naturais para dar sabor aos seus pratos sem adicionar sódio.
- Prepare lanches saudáveis em casa: tenha sempre à mão opções nutritivas e com baixo teor de sódio, como frutas frescas, verduras cruas, castanhas e iogurte natural.
3. Adote um estilo de vida ativo:
- Pratique exercícios físicos regularmente: pelo menos 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana. Caminhar, nadar, andar de bicicleta e dançar são ótimas opções.
- Mantenha um peso corporal saudável: o excesso de peso pode aumentar o risco de hipertensão.
- Gerencie o estresse: técnicas como yoga, meditação e respiração profunda podem ajudar a controlar o estresse, que também pode contribuir para a hipertensão.
- Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool: esses hábitos podem prejudicar a saúde cardiovascular e aumentar o risco de doenças graves.
4. Monitore sua pressão arterial:
- Meça sua pressão arterial regularmente em casa ou em um consultório médico.
- Anote os resultados e compartilhe-os com o seu médico.
- Siga as orientações médicas para o tratamento da hipertensão, se necessário.
Lembre-se: pequenas mudanças no seu estilo de vida podem fazer uma grande diferença na sua saúde cardiovascular. Ao seguir essas dicas e buscar orientação profissional, você estará no caminho certo para controlar a pressão arterial, prevenir doenças graves e viver uma vida mais longa e plena.

saúde
Creatina: Mitos e Verdades. O Que Dizem os Estudos da USP Sobre Rins, Cabelo e Uso Seguro
Como nutricionista, recebo diariamente perguntas sobre creatina e seus possíveis efeitos nos rins, cabelo e peso. Vou esclarecer definitivamente o que é mito e o que é verdade sobre esse suplemento, baseando-me em uma extensa revisão científica publicada por pesquisadores da USP no Journal of the International Society of Sports Nutrition.

A Creatina Prejudica os Rins?
MITO. Não há evidências científicas de que a creatina cause danos renais em pessoas saudáveis. Segundo o professor Bruno Gualano, da Faculdade de Medicina da USP, existe uma “evidência muito grande de que o suplemento é seguro” para a função renal.
A confusão surge porque os rins eliminam a creatinina (produto da quebra da creatina), e exames laboratoriais podem mostrar níveis elevados dessa substância no sangue. No entanto, isso não significa sobrecarga ou dano renal, apenas que há mais creatina sendo processada pelo organismo. A literatura científica analisada pela USP confirmou que não há efeito negativo da suplementação sobre os rins em indivíduos saudáveis.
Atenção: oriento que pessoas com doença renal pré-existente evitem a creatina ou usem apenas sob supervisão médica rigorosa.
A Creatina Causa Queda de Cabelo?
MITO. Não existem evidências científicas que comprovem que a creatina causa calvície. O mito surgiu de um único estudo realizado em 2009 com jogadores de rugby, que mostrou aumento de DHT (di-hidrotestosterona), hormônio associado à queda capilar.
No entanto, esse estudo tinha limitações importantes: foi pequeno, não avaliou diretamente a queda de cabelo, usou doses muito altas de creatina e seus resultados nunca foram replicados. Um estudo posterior com 45 homens que suplementaram 5 gramas de creatina por dia não encontrou diferenças nos níveis de testosterona total, livre ou DHT em comparação com o grupo placebo.
A tricologista Luciana Passoni explica que “não há evidências de que a creatina, quando suplementada na quantidade correta (de 3 a 5 gramas por dia), cause queda de cabelo”.
A Creatina Retém Líquido e Causa Inchaço?
VERDADE PARCIAL. Na minha experiência clínica, explico aos pacientes que a creatina causa retenção de água dentro das células musculares, não no corpo todo. Esse efeito é fisiológico e benéfico, pois o aumento de creatina nas células musculares atrai água para dentro delas, contribuindo para o aumento do volume muscular.

Não há evidências científicas de que a creatina cause retenção de líquidos em outros órgãos ou inchaço generalizado. Segundo Hamilton Roschel, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP, apesar da “retenção de fluido intracelular”, a literatura mostra que não há efeito negativo sobre a pressão arterial ou acúmulo de líquido fora dos músculos.
A Creatina Engorda ou Aumenta o Peso?
DEPENDE DA PERSPECTIVA. Sempre explico aos meus pacientes que o ganho de peso observado com a creatina não é gordura, mas sim aumento de massa muscular e água intramuscular. A balança pode mostrar de 0,5 a 2 kg a mais nas primeiras semanas devido à retenção hídrica nas células musculares e ao ganho de massa magra.
Para quem busca hipertrofia e desempenho, esse é um efeito positivo. No entanto, para pessoas focadas apenas na perda de peso na balança, pode ser percebido negativamente. É importante entender que a creatina não causa acúmulo de gordura corporal e pode até auxiliar indiretamente no emagrecimento ao melhorar o desempenho nos treinos.
Quais São os Benefícios Comprovados da Creatina?

Com base nos estudos da USP, confirmo diversos benefícios baseados em evidências científicas robustas:
- Melhora do desempenho físico: aumenta força e potência muscular, especialmente em atividades de alta intensidade como musculação, futebol, basquete e vôlei
- Recuperação muscular: reduz inflamação e acelera a recuperação pós-treino
- Ganho de massa magra: favorece o aumento da massa muscular quando combinada com treinamento de resistência
- Segurança comprovada: pode ser usada por adultos, adolescentes e idosos saudáveis
- Benefício para não praticantes: melhora o desempenho muscular mesmo em pessoas sedentárias
Qual a Dosagem Recomendada de Creatina?
Recomendo aos meus pacientes a dose de 3 a 5 gramas por dia para manutenção. Segundo a nutricionista Débora Moreira, da USP, “a dose pode variar conforme as necessidades individuais” e deve ser ajustada com orientação profissional.
Com Fase de Saturação
O protocolo tradicional consiste em uma fase de saturação de 20 gramas por dia divididas em 4 doses de 5 gramas durante 5 a 7 dias, seguida pela dose de manutenção de 3 a 5 gramas diárias.
Sem Fase de Saturação
Pode-se iniciar diretamente com 3 a 5 gramas por dia sem fase de saturação. Os resultados demoram um pouco mais para aparecer (cerca de 3 a 4 semanas), mas o efeito final é o mesmo.
Quando Tomar: Antes ou Depois do Treino?
NÃO FAZ DIFERENÇA. Como o efeito da creatina é cumulativo e a longo prazo, as evidências científicas apontam que não há diferença significativa entre consumir antes ou depois do treino. O importante é manter a consistência diária na suplementação.
Quem NÃO Deve Usar Creatina?
Oriento que a creatina deve ser evitada ou usada com extrema cautela nos seguintes casos:
- Pessoas com doença renal pré-existente ou comprometimento da função dos rins
- Indivíduos com doença hepática (problemas no fígado)
- Gestantes e lactantes (ainda não há evidências clínicas suficientes sobre segurança)
- Crianças (a segurança não foi completamente estabelecida)
- Pessoas com histórico de sintomas gastrointestinais graves
Sempre oriento a consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação.
Quais São os Efeitos Colaterais Reais da Creatina?
Os efeitos colaterais reais e documentados são mínimos quando a creatina é usada nas doses recomendadas:
- Desconforto gastrointestinal leve: náusea, diarreia ou cólicas em alguns casos, geralmente quando consumida em doses muito altas de uma vez ou sem diluição adequada
- Ganho de peso inicial: devido à retenção hídrica intramuscular (não é gordura)
Efeitos que NÃO ocorrem segundo a revisão científica da USP:
- Não causa câncer
- Não provoca hipertensão arterial
- Não causa câimbras
- Não compromete a fertilidade masculina
- Não é um esteroide anabolizante
A Creatina Precisa de Pausa ou Ciclo?
NÃO É NECESSÁRIO. Diferente de substâncias anabolizantes, a creatina pode ser usada continuamente sem necessidade de ciclos ou pausas. O corpo não desenvolve “tolerância” e não há evidências de que pausas tragam benefícios adicionais para pessoas saudáveis.
Resumo Científico da USP
O estudo coordenado pelos professores Hamilton Roschel e Bruno Gualano, do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da USP, analisou dezenas de trabalhos científicos mundiais sobre creatina. A revisão narrativa publicada no Journal of the International Society of Sports Nutrition confirmou:
Fatos comprovados: a creatina melhora o desempenho físico em atividades de alta intensidade, é segura para adultos saudáveis, adolescentes e idosos, não causa danos renais ou hepáticos em pessoas saudáveis, não provoca câncer, hipertensão, câimbras ou calvície.
Mitos desmentidos: não prejudica os rins de pessoas saudáveis, não causa queda de cabelo, não é esteroide anabolizante, não compromete a fertilidade masculina, e a cafeína não atrapalha sua ação.
Áreas que necessitam mais pesquisa: efeitos terapêuticos específicos, segurança na gestação, doses ideais para efeito cognitivo.
Perguntas Rápidas (FAQ)
Conclusão
Como nutricionista, afirmo com segurança que a creatina é um dos suplementos mais seguros e eficazes disponíveis no mercado, com décadas de pesquisa científica comprovando seus benefícios. Os principais mitos como danos renais e queda de cabelo foram categoricamente desmentidos pela revisão científica da USP. Quando usada na dosagem adequada (3 a 5 gramas diárias) por pessoas saudáveis, a creatina oferece benefícios reais para o desempenho físico, recuperação muscular e ganho de massa magra, sem os riscos alardeados pela desinformação.
CITAÇÕES SOBRE A PESQUISA DA USP SOBRE CREATINA
Prof. Bruno Gualano (Faculdade de Medicina da USP)
“Existe uma evidência muito grande de que o suplemento é seguro para a função renal em pessoas saudáveis.”
Fonte: Jornal da USP – “Verdades e mitos sobre a creatina: estudo mostra o que já existe de evidência científica”
Link: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Data de Publicação: 22 de janeiro de 2025
Prof. Hamilton Roschel (Escola de Educação Física e Esporte da USP)
“Apesar da retenção de fluido intracelular, a literatura mostra que não há efeito negativo sobre a pressão arterial ou acúmulo de líquido fora dos músculos.”
Fonte: Jornal da USP – “Verdades e mitos sobre a creatina: estudo mostra o que já existe de evidência científica”
Link: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Data de Publicação: 22 de janeiro de 2025
Nutricionista Débora Moreira (USP)
“A dose pode variar conforme as necessidades individuais e deve ser ajustada com orientação profissional.”
Fonte: Revista Veja – “Nem problemas renais, nem queda de cabelo: veja os mitos e verdades sobre a creatina”
Link: https://veja.abril.com.br/saude/nem-problemas-renais-nem-queda-de-cabelo-veja-os-mitos-e-verdades-sobre-a-creatina/
Data de Publicação: 21 de janeiro de 2025
Citações de Especialistas Externos
Dra. Luciana Passoni (Tricologista)
“Não há evidências de que a creatina, quando suplementada na quantidade correta (de 3 a 5 gramas por dia), cause queda de cabelo.”
Fonte: CNN Brasil – “Creatina causa queda de cabelo? Especialistas respondem”
Link: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/creatina-causa-queda-de-cabelo-especialistas-respondem/
Data de Publicação: 28 de julho de 2025
Sobre o Estudo Principal
Título da Pesquisa: Revisão narrativa sobre mitos e verdades da creatina
Publicação: Journal of the International Society of Sports Nutrition
Instituição: Universidade de São Paulo (USP) – Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição
Coordenação: Prof. Hamilton Roschel e Prof. Bruno Gualano
Escola: Escola de Educação Física e Esporte (EEFE-USP)
Link da Notícia USP: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Link EEFE-USP: https://www.eefe.usp.br/clipping/verdades-e-mitos-sobre-creatina-estudo-mostra-o-que-já-existe-de-evidência-científica
Fontes Científicas Adicionais
Sobre Segurança Renal:
- Olhar da Saúde – “Mito ou verdade: creatina sobrecarrega os rins?”
Link: https://www.olhardasaude.com.br/mito-ou-verdade-creatina-sobrecarrega-os-rins/
Data: 27 de maio de 2025
Sobre Queda de Cabelo:
- Terra – “Um novo estudo esclarece a suposta relação entre creatina e calvície”
Link: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/um-novo-estudo-esclarece-a-suposta-relacao-entre-creatina-e-calvicie,fb2974310aa1f536bfc10e8afad6df7d8o2ipw24.html
Data: 29 de maio de 2025
Sobre Efeitos Colaterais:
- Integral Médica – “Efeitos colaterais da creatina: entenda o impacto no organismo”
Link: https://blog.integralmedica.com.br/efeitos-colaterais-da-creatina/
Data: 21 de outubro de 2024
Sobre Suplementação e Efeitos:
- RBNE – “Suplementação de creatina e possíveis efeitos colaterais”
Link: https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/58/0
Data: 7 de janeiro de 2012
Principais Conclusões Citáveis do Estudo USP
- “A creatina melhora o desempenho físico em atividades de alta intensidade e é segura para adultos saudáveis, adolescentes e idosos.”
- “Não há evidências científicas de que a creatina cause danos renais, calvície, câncer, hipertensão ou comprometimento da fertilidade masculina em pessoas saudáveis.”
- “A retenção hídrica causada pela creatina ocorre dentro das células musculares, não provocando inchaço generalizado no corpo.”
- “A creatina pode ser usada continuamente sem necessidade de ciclos ou pausas, diferente de substâncias anabolizantes.”
Fonte de todas as conclusões: Jornal da USP e Revista Veja (Janeiro 2025)
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Saúde e Bem-estar
Whey Protein: É útil, mas não indispensável

O Whey Protein se tornou um dos suplementos mais populares e onipresentes, tanto nas prateleiras das lojas de nutrição quanto nas cozinhas de atletas, entusiastas de fitness e até mesmo pessoas que buscam apenas uma fonte prática de proteína. Mas, em meio a tanto burburinho, surge a pergunta: ele é realmente essencial? A resposta mais honesta é: é útil, mas não indispensável.
Entender o papel do Whey Protein na sua rotina e quando ele se torna um aliado valioso é crucial para otimizar seus resultados e evitar gastos desnecessários. Este artigo detalhado vai desvendar a ciência por trás desse suplemento, mostrar as situações em que seu consumo é mais vantajoso e, o mais importante, ajudá-lo a determinar se você realmente precisa dele.
O Que é o Whey Protein e Por Que Ele é Tão Poderoso?
O Whey Protein é, basicamente, a proteína do soro do leite. Durante o processo de fabricação do queijo, o leite se separa em coalhada e soro, sendo o soro a parte líquida rica em proteínas de alto valor biológico.
Alto Valor Biológico: Isso significa que o Whey Protein contém todos os nove aminoácidos essenciais (aqueles que o corpo não produz e precisam ser obtidos pela alimentação), sendo especialmente rico em Leucina, um aminoácido-chave para a síntese proteica e o crescimento muscular.
Rápida Absorção: Essa é, talvez, a sua maior vantagem. O Whey Protein é digerido e absorvido muito rapidamente pelo organismo, liberando aminoácidos na corrente sanguínea de forma eficiente. Essa característica o torna ideal para o período pós-treino, quando o corpo está mais receptivo à reparação e construção muscular.
Três Tipos de Whey Protein: Qual a Diferença?
Existem três tipos principais no mercado, e a escolha entre eles deve considerar seus objetivos, sensibilidades alimentares e orçamento.
1. Whey Protein Concentrado (WPC)
É a forma menos processada e mais comum. Contém entre 70% e 80% de proteína, além de pequenas quantidades de carboidratos (lactose) e gorduras. É mais saboroso e o mais econômico. Pode causar desconforto em pessoas com intolerância leve à lactose.
2. Whey Protein Isolado (WPI)
Passa por um processamento adicional que remove quase toda a lactose e gordura, elevando a concentração proteica para cerca de 90% ou mais. É a melhor opção para quem tem intolerância à lactose e busca o máximo de proteína com o mínimo de calorias extras. É mais caro que o concentrado.
3. Whey Protein Hidrolisado (WPH)
É o tipo mais processado. As proteínas são “quebradas” em pedaços menores (peptídeos), o que torna a absorção ainda mais rápida e reduz o risco de reações alérgicas. É o mais caro e geralmente tem um sabor mais amargo, sendo recomendado para atletas de elite ou indivíduos com problemas digestivos específicos.
Quando o Whey Protein é Indispensável (Ou Quase Isso)
A utilidade do suplemento depende diretamente do contexto da sua dieta e do seu estilo de vida.
1. Atingir a Meta Proteica Diária
Se você tem dificuldade em consumir a quantidade ideal de proteína apenas com a alimentação — seja por falta de tempo, pouco apetite ou restrições dietéticas (como vegetarianismo ou veganismo, neste caso, o Whey Protein não se aplica, mas outras proteínas em pó sim) —, um shake de Whey Protein é a forma mais rápida e prática de suprir essa necessidade. Para atletas ou pessoas em intenso treinamento de força, a necessidade proteica é alta (podendo ultrapassar 2g por quilo de peso corporal), e o suplemento simplifica muito essa ingestão.
2. Recuperação Pós-Treino Rápida
Em momentos cruciais, como imediatamente após um treino intenso, a velocidade de absorção do Whey Protein se destaca. Ele acelera a entrega de aminoácidos para os músculos danificados, iniciando o processo de reparo e hipertrofia de forma mais eficiente do que a maioria dos alimentos sólidos. Embora uma refeição completa também funcione, o Whey Protein é inigualável em termos de praticidade e velocidade.
3. Controle de Peso e Saciedade
Por ser uma fonte de proteína pura e de baixo carboidrato (especialmente o isolado), o Whey Protein é um excelente aliado em dietas de emagrecimento. A proteína é o macronutriente que gera maior saciedade, ajudando a controlar o apetite e a preservar a massa muscular durante a perda de peso. Adicionar um scoop em lanches ou no café da manhã pode ser uma estratégia eficaz.
e supridas pela dieta tradicional. O consumo de Whey Protein por uma pessoa sedentária, sem déficit proteico, servirá apenas para adicionar calorias extras à dieta.
3. Como Substituição Exclusiva de Refeições
Embora seja útil para lanches ou complementar uma refeição, o Whey Protein não deve substituir refeições completas de forma rotineira. Alimentos integrais fornecem fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos essenciais que o suplemento não oferece. A alimentação deve ser sempre a base.
Quando o Whey Protein é Útil, Mas Totalmente Dispensável

Lembre-se: o Whey Protein é um suplemento, e a palavra-chave aqui é suplementar, ou seja, complementar uma dieta que já é sólida.
1. Se Sua Dieta Já é Rica em Proteínas
Se você já consome carne, ovos, frango, peixe, leguminosas e laticínios em quantidades suficientes para atingir sua meta diária de proteína, o benefício extra do Whey Protein será mínimo ou nulo. O corpo só consegue utilizar uma certa quantidade de proteína por dia; o excesso será transformado em energia ou gordura, não resultando em mais músculo. Neste cenário, gastar dinheiro com Whey Protein é desnecessário.
2. Para Indivíduos Sedentários ou com Baixa Atividade Física
Para quem não pratica exercícios físicos de forma regular e intensa, as necessidades proteicas são facilmente supridas pela dieta tradicional. O consumo de Whey Protein por uma pessoa sedentária, sem déficit proteico, servirá apenas para adicionar calorias extras à dieta.
3. Como Substituição Exclusiva de Refeições
Embora seja útil para lanches ou complementar uma refeição, o Whey Protein não deve substituir refeições completas de forma rotineira. Alimentos integrais fornecem fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos essenciais que o suplemento não oferece. A alimentação deve ser sempre a base.
Onde o Whey Protein se Encaixa na Sua Rotina
Para otimizar o uso do Whey Protein, considere os seguintes momentos:
- Pós-Treino: O momento clássico, para rápida recuperação muscular.
- Lanches: Misturado com frutas, iogurte ou água, é um lanche rápido e saciante.
- Café da Manhã: Adicionado a smoothies ou panquecas, eleva o teor proteico da primeira refeição do dia, ajudando a manter a saciedade por mais tempo.
Em resumo, o Whey Protein é uma ferramenta de nutrição incrivelmente conveniente e eficiente. Ele facilita a vida de quem tem altas demandas proteicas ou pouco tempo para preparar refeições. Contudo, ele não faz mágica e não substitui uma alimentação equilibrada. Invista no Whey Protein se ele preenche uma lacuna real na sua dieta ou se a praticidade for um fator decisivo para manter a consistência dos seus hábitos alimentares. Caso contrário, priorize a proteína dos alimentos integrais.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Whey Protein
Whey Protein engorda?
O Whey Protein por si só não engorda. O ganho de peso (em forma de gordura) é resultado do consumo de um excesso de calorias em relação ao que você gasta, independentemente da fonte. Se o consumo do Whey Protein fizer com que suas calorias diárias ultrapassem seu gasto energético, você pode engordar. Usado dentro de um plano alimentar com déficit calórico, ele auxilia no emagrecimento, pois a proteína promove saciedade e preserva a massa muscular.
Quem não treina pode tomar Whey Protein?
Sim, pode tomar. O Whey Protein é uma fonte de proteína de alta qualidade, semelhante à encontrada no leite, ovos ou carne. Se uma pessoa sedentária tem dificuldade em atingir a ingestão mínima de proteína através da alimentação, o Whey Protein pode ser uma forma prática de suplementar. No entanto, o benefício de crescimento muscular será mínimo sem o estímulo do exercício físico. O ideal é que a ingestão de Whey Protein seja acompanhada de uma rotina de exercícios.
Qual o melhor tipo de Whey Protein para quem tem intolerância à lactose?
O Whey Protein Isolado (WPI) é a melhor opção, pois passa por um processo de filtragem que remove a maior parte da lactose, tornando-o bem tolerado pela maioria das pessoas com intolerância. O Whey Protein Hidrolisado também é uma excelente opção por ser pré-digerido, embora seja mais caro. O Whey Concentrado (WPC) deve ser evitado, pois contém mais lactose.

Saúde e Bem-estar
Estômago Alto: Por Que Sua Barriga Incha e Como Reduzir o Desconforto

Quem nunca sentiu aquela sensação incômoda de inchaço abdominal após uma refeição ou em momentos de estresse? O que popularmente chamamos de estômago alto é, na verdade, um sintoma comum que afeta milhões de pessoas e pode ter diversas origens, desde hábitos alimentares simples até condições de saúde que merecem atenção.
O inchaço, a distensão abdominal e a sensação de “barriga estufada” são os sinais mais claros do que se convencionou chamar de estômago alto. Longe de ser apenas uma questão estética, esse desconforto pode afetar significativamente a qualidade de vida, a autoestima e até mesmo o sono. Mas, afinal, por que isso acontece e o que podemos fazer para aliviar?
Neste guia completo e detalhado, você vai entender as causas mais frequentes do inchaço, aprender a identificar os gatilhos e descobrir um conjunto de estratégias e mudanças no estilo de vida que podem ajudar a controlar e reduzir o desconforto causado pelo estômago alto. Prepare-se para conhecer as chaves para uma digestão mais suave e uma vida mais leve.
O Que Causa o Estômago Alto? Entendendo a Distensão Abdominal
O inchaço que caracteriza o estômago alto ocorre quando há um acúmulo excessivo de gases, líquidos ou, em casos mais raros, quando o trânsito intestinal está comprometido. O sintoma é frequentemente confundido com ganho de peso, mas na maioria das vezes, está relacionado diretamente ao funcionamento do seu sistema digestivo.
As Principais Fontes de Gases e Inchaço
A produção de gases é um processo natural da digestão, especialmente quando as bactérias do intestino grosso fermentam carboidratos não digeridos. No entanto, o excesso é o que leva ao desconforto do estômago alto.
1. Hábitos Alimentares
A forma como você come e o que você come são os maiores culpados.
- Engolir Ar (Aerofagia): Beber líquidos com canudo, mascar chiclete, falar muito durante as refeições ou comer muito rápido faz com que você engula ar, que se acumula no estômago e no intestino.
- Refrigerantes e Bebidas Gaseificadas: O gás carbônico presente nessas bebidas é liberado no seu sistema digestivo, contribuindo instantaneamente para o inchaço.
- Alimentos Ricos em FODMAPs: Esta sigla refere-se a Carboidratos Fermentáveis, Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis. Alimentos como feijão, lentilha, brócolis, repolho, cebola, alho, maçã e alguns adoçantes (xilitol, sorbitol) são fermentados rapidamente no intestino, gerando grande volume de gases.
2. Intolerâncias e Sensibilidades Alimentares
A incapacidade do seu corpo de digerir certas substâncias pode levar a um aumento significativo da fermentação e, consequentemente, ao estômago alto.
- Intolerância à Lactose: Dificuldade em digerir o açúcar do leite.
- Intolerância ao Glúten (Doença Celíaca ou Sensibilidade Não-Celíaca): Causa inflamação e distensão em indivíduos sensíveis.
3. Condições Gastrointestinais
Se o estômago alto for persistente ou acompanhado de outros sintomas (dor, perda de peso, alteração no trânsito intestinal), é crucial investigar condições mais sérias.
- Síndrome do Intestino Irritável (SII): Uma condição crônica que afeta o intestino grosso, levando a dor abdominal, cólicas e distensão.
- Disbiose: Desequilíbrio na flora intestinal (micróbios), onde bactérias “ruins” ou fermentadoras se proliferam em excesso.
- Constipação (Prisão de Ventre): Fezes acumuladas no intestino podem ocupar espaço e dificultar a eliminação de gases, resultando em um forte estômago alto.
- Gastrite: A inflamação do revestimento do estômago também pode levar à sensação de peso e inchaço.
Estratégias Eficazes para Reduzir o Desconforto do Estômago Alto

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o desconforto do estômago alto pode ser aliviado ou evitado com ajustes simples e conscientes na sua rotina.
1. Ajustes na Forma de Comer
O primeiro passo é mudar seus hábitos de refeição.
- Coma Devagar e Mastigue Bem: A digestão começa na boca. Mastigar adequadamente quebra os alimentos e reduz a quantidade de ar engolida, facilitando o trabalho do estômago e intestino.
- Evite Beber Líquidos Durante as Refeições: Beber grandes volumes de água ou suco enquanto come pode diluir as enzimas digestivas, tornando a digestão mais lenta e contribuindo para o inchaço.
2. Escolha Seus Alimentos com Inteligência
Conhecer os gatilhos alimentares é fundamental para combater o estômago alto.
- Identifique Seus Gatilhos: Faça um diário alimentar para identificar quais alimentos específicos (laticínios, feijão, frituras, etc.) causam mais inchaço em você.
- Controle o Consumo de Sal: O excesso de sódio leva à retenção de líquidos, que pode contribuir para o inchaço abdominal.
- Consuma Chás Digestivos: Chás como o de hortelã, funcho e gengibre possuem propriedades que podem acalmar o sistema digestivo e ajudar na eliminação de gases.
3. Movimento e Estilo de Vida
O sedentarismo é um inimigo da digestão saudável.
- Movimente-se: A atividade física, mesmo uma caminhada leve, estimula os músculos abdominais e o trânsito intestinal, ajudando a liberar gases presos e a combater a prisão de ventre, uma das grandes causas do estômago alto.
- Controle o Estresse: O intestino é conhecido como o “segundo cérebro”. O estresse e a ansiedade afetam a motilidade intestinal e a secreção de ácido, piorando os sintomas digestivos. Práticas como meditação e ioga podem ajudar.
4. Suplementos e Apoio Profissional
Em alguns casos, a ajuda de um profissional e o uso estratégico de suplementos podem ser necessários.
- Probióticos: São microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro. Eles ajudam a reequilibrar a flora intestinal (combatendo a disbiose) e podem reduzir a fermentação excessiva.
- Enzimas Digestivas: Pessoas com dificuldade para digerir gorduras, proteínas ou certos carboidratos podem se beneficiar de enzimas que auxiliam na quebra desses alimentos.
- Consulte um Médico ou Nutricionista: Se o seu estômago alto for frequente, doloroso ou não melhorar com mudanças de estilo de vida, é fundamental buscar um gastroenterologista para descartar condições subjacentes (como as mencionadas – SII, Doença Celíaca, etc.) e obter um diagnóstico e tratamento adequados. Não se contente com o desconforto.
Conclusão: Uma Vida com Menos Inchaço
O estômago alto é um sinal de que algo na sua rotina digestiva não está funcionando perfeitamente. Na maioria das vezes, o problema está na rapidez com que comemos ou nos alimentos que escolhemos. No entanto, a persistência do inchaço exige uma investigação mais profunda.
Ao adotar uma abordagem consciente — mastigar melhor, evitar bebidas gaseificadas, identificar seus gatilhos alimentares e manter um estilo de vida ativo e com baixo estresse — você estará dando os passos mais importantes para controlar o inchaço. Lembre-se, um sistema digestivo saudável é a base para um corpo mais leve, energizado e, acima de tudo, livre do incômodo e persistente estômago alto. Comece hoje a implementar estas mudanças e sinta a diferença!

FAQ: Dúvidas Comuns Sobre Estômago Alto
O que fazer para aliviar o estômago alto rápido?
Para um alívio rápido, tente: 1) Caminhar por 10-15 minutos para estimular a eliminação de gases. 2) Beber um chá de hortelã ou funcho quente para relaxar o trato digestivo. 3) Massagear suavemente a barriga no sentido horário. Evitaritar deitar-se imediatamente após comer também ajuda a prevenir o acúmulo.
Quando o estômago alto pode ser algo grave?
O estômago alto torna-se preocupante e requer avaliação médica imediata se for acompanhado de sintomas como dor abdominal intensa e persistente, perda de peso inexplicada, sangue nas fezes, vômitos frequentes ou se você tiver febre. Nesses casos, o inchaço pode ser um sintoma de condições mais sérias, como doença inflamatória intestinal ou obstrução.
Beber água ajuda a reduzir o inchaço abdominal?
Sim, a água é essencial. A desidratação pode levar à constipação, que é uma causa primária de inchaço e estômago alto. Beber água suficiente (em torno de 2 litros por dia) ajuda a manter o trânsito intestinal regular, amolece as fezes e facilita a eliminação de resíduos e gases. No entanto, evite beber grandes quantidades durante as refeições.

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