Nutrição e Saúde

Água com gás: faz mal e quanto se pode consumir?

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Água com gás: faz mal e quanto se pode consumir?

Seja para dar um toque especial à hidratação diária, substituir refrigerantes açucarados ou simplesmente apreciar a sensação refrescante das bolhas, a água com gás conquistou um espaço cativo na rotina de muitos brasileiros. Presente em mesas de restaurantes, lares e academias, essa bebida gaseificada levanta, no entanto, uma questão persistente: será que essa efervescência toda faz mal à saúde? E se não faz, qual seria a quantidade ideal para consumir sem preocupações?

Em meio a informações desencontradas e crenças populares, surge a necessidade de clarear o panorama. Afinal, o que há por trás daquelas borbulhas? Elas representam um risco silencioso para os nossos ossos, dentes ou sistema digestivo? Ou seriam apenas um refresco inofensivo, capaz até de trazer alguns benefícios?

Neste artigo, mergulharemos no universo da água com gás para desvendar os mitos e verdades que a cercam. Vamos analisar os potenciais efeitos no seu organismo, desde a saúde bucal até o funcionamento do intestino, e, principalmente, responder à pergunta crucial: quanto se pode consumir dessa bebida borbulhante sem colocar a sua saúde em risco? Prepare-se para uma jornada informativa que vai te ajudar a fazer escolhas mais conscientes e aproveitar a água com gás da melhor forma possível.

O Que é Água com Gás? Desvendando a Efervescência

Para entendermos os potenciais efeitos da água com gás no nosso organismo, é fundamental começarmos pelo básico: o que exatamente confere a ela essa característica borbulhante tão peculiar? A resposta reside em um processo simples, porém crucial, chamado carbonatação.

Em sua essência, a água com gás nada mais é do que água potável na qual o dióxido de carbono (CO₂) foi dissolvido sob pressão. Imagine uma garrafa hermeticamente fechada: ao injetar o gás carbônico e selar o recipiente, as moléculas do gás se misturam com as moléculas da água, criando aquela sensação efervescente que sentimos ao abrir e consumir a bebida.

É importante destacar que existem basicamente duas formas de obter água com gás:

  • Água com gás natural: Em algumas fontes naturais, a água subterrânea já entra em contato com dióxido de carbono naturalmente presente no subsolo, emergindo com suas características borbulhas. Essas águas geralmente contêm uma variedade de minerais dissolvidos, que podem influenciar seu sabor.
  • Água com gás artificial: A forma mais comum de água com gás que encontramos no mercado é produzida artificialmente. Nesse processo industrial, o dióxido de carbono purificado é injetado na água potável sob pressão.

Além da água pura carbonatada, muitas marcas oferecem variações que incluem a adição de minerais (como sódio, cálcio e magnésio) ou aromatizantes (naturais ou artificiais) para conferir sabores diversos. É crucial observar os rótulos dessas opções, pois a presença desses aditivos pode influenciar os efeitos da bebida no organismo.

Portanto, ao falarmos de água com gás, estamos nos referindo principalmente a essa combinação de água e dióxido de carbono, com possíveis variações em sua origem e composição. Compreender esse processo é o primeiro passo para desmistificar os seus efeitos na nossa saúde.

Água com Gás Faz Mal? Desmistificando os Mitos

Ao longo do tempo, diversas alegações surgiram em torno do consumo de água com gás, muitas vezes gerando preocupação e dúvidas. É hora de separar o joio do trigo e analisar, com base em evidências, alguns dos mitos mais comuns associados a essa bebida refrescante.

Mito 1: Causa problemas nos ossos (descalcificação).

Essa é uma das preocupações mais frequentemente levantadas. A crença popular associa o gás presente na água com a perda de cálcio dos ossos, um processo conhecido como descalcificação. No entanto, a ciência nos mostra uma imagem diferente.

Estudos robustos não encontraram uma ligação direta entre o consumo de água com gás e a diminuição da densidade óssea. A confusão muitas vezes surge devido à associação com refrigerantes, especialmente aqueles à base de cola. Essas bebidas contêm ácido fosfórico em altas concentrações, e o consumo excessivo desse ácido tem sido relacionado a problemas ósseos. A água com gás, por outro lado, contém ácido carbônico, formado pela dissolução do dióxido de carbono na água, em concentrações muito menores e com um mecanismo de ação diferente. Portanto, a água com gás, por si só, não demonstrou ser uma causa significativa de descalcificação óssea.

Mito 2: Prejudica o esmalte dos dentes.

Essa preocupação possui um fundo de verdade, mas precisa ser contextualizada. A carbonatação da água resulta na formação de ácido carbônico, o que confere à água com gás um pH ligeiramente mais ácido do que a água natural. Em teoria, essa acidez pode, com o tempo e em contato frequente, contribuir para a erosão do esmalte dentário, a camada protetora dos nossos dentes.

No entanto, é crucial comparar o nível de acidez da água com gás com outras bebidas que consumimos diariamente. Refrigerantes, sucos industrializados e até mesmo sucos cítricos naturais possuem um pH significativamente mais baixo (ou seja, são muito mais ácidos) do que a água com gás. Estudos indicam que o potencial erosivo da água com gás é consideravelmente menor do que o dessas outras bebidas.

Para minimizar qualquer risco potencial, algumas dicas são importantes: consumir com moderação, preferir a água com gás natural (sem adição de sabores cítricos), utilizar canudos para reduzir o contato direto com os dentes e manter uma boa higiene bucal.

Mito 3: Causa inchaço e gases.

Essa é uma queixa mais comum entre alguns consumidores. O gás carbônico presente na água com gás pode, sim, levar à distensão abdominal e à sensação de inchaço em algumas pessoas, especialmente aquelas com maior sensibilidade gastrointestinal ou condições preexistentes como a síndrome do intestino irritável (SII). Ao ingerir a bebida, o gás é liberado no sistema digestivo, podendo causar desconforto.

No entanto, é importante diferenciar essa reação de problemas gastrointestinais mais sérios. Para a maioria das pessoas saudáveis, o inchaço causado pela água com gás é geralmente leve e transitório, resolvendo-se com a liberação dos gases através de arrotos. Se o desconforto for persistente ou acompanhado de outros sintomas, é importante investigar outras possíveis causas.

Mito 4: Aumenta a retenção de líquidos.

Essa é uma alegação completamente infundada. A água com gás, assim como a água natural, é uma excelente forma de hidratação e não contribui para a retenção de líquidos. Na verdade, uma hidratação adequada é essencial para o bom funcionamento dos rins e para evitar a retenção. A sensação de inchaço que algumas pessoas experimentam está relacionada ao gás, e não ao acúmulo de líquidos no organismo.

Em resumo, muitos dos temores em torno da água com gás são exagerados ou baseados em associações incorretas com outras bebidas. Embora existam considerações importantes, especialmente para indivíduos com sensibilidades específicas, a água com gás, na maioria dos casos, não se configura como uma vilã para a saúde. Na próxima seção, exploraremos os possíveis efeitos negativos em casos mais específicos.

Possíveis Efeitos Negativos em Casos Específicos

Água com Gás

Embora a água com gás seja geralmente segura para a maioria das pessoas, existem algumas situações específicas em que o seu consumo pode gerar desconforto ou até mesmo agravar certas condições preexistentes. É importante estar atento a esses cenários para um consumo mais consciente.

Sensibilidade Gastrointestinal:

Para indivíduos com sensibilidade gastrointestinal, especialmente aqueles que sofrem de síndrome do intestino irritável (SII) ou refluxo gastroesofágico (DRGE), a água com gás pode ser um fator a ser considerado. O gás carbônico ingerido pode aumentar a distensão abdominal, levando a sintomas como inchaço, cólicas, arrotos excessivos e azia.

No caso do SII, a introdução de gás adicional no trato digestivo já sensível pode exacerbar os sintomas. Já em pessoas com DRGE, o aumento da pressão no estômago devido ao gás pode, em alguns casos, facilitar o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago, piorando a azia e a sensação de queimação.

É fundamental que pessoas com essas condições observem atentamente a sua tolerância à água com gás e, se necessário, reduzam ou evitem o seu consumo. A consulta com um médico ou nutricionista pode ser valiosa para identificar a melhor abordagem individual.

Erosão Dentária (Consumo Excessivo e Frequente):

Como mencionado anteriormente, a acidez da água com gás, embora menor que a de muitas outras bebidas, ainda representa um potencial risco para o esmalte dentário com o consumo excessivo e frequente. O contato prolongado e repetido com substâncias ácidas pode levar à desmineralização da superfície do dente, tornando-o mais suscetível a cáries e sensibilidade.

Esse risco se torna ainda maior no caso de águas com gás saborizadas, que muitas vezes contêm a adição de ácidos cítricos e, em alguns casos, açúcares, potencializando o efeito erosivo. Portanto, a moderação é crucial, especialmente para aqueles que consomem água com gás regularmente. Adotar práticas como enxaguar a boca com água natural após o consumo e utilizar canudos pode ajudar a minimizar o contato da bebida com os dentes.

Interferência na Absorção de Nutrientes (Teórico e Pouco Significativo):

Alguns estudos preliminares e teóricos levantaram a possibilidade de que o gás carbônico poderia, em um nível muito baixo, interferir na absorção de certos minerais no trato digestivo. No entanto, a relevância clínica desse efeito é considerada mínima e não há evidências robustas que sustentem uma preocupação significativa nesse sentido para a maioria das pessoas com uma dieta equilibrada.

Em suma, embora a água com gás seja uma opção refrescante e hidratante para muitos, indivíduos com sensibilidade gastrointestinal ou preocupações com a saúde bucal devem estar atentos ao seu consumo. A moderação e a observação da resposta individual do corpo são as melhores formas de aproveitar a bebida sem potenciais efeitos negativos.

Quanto se Pode Consumir de Água com Gás?

Ao contrário de algumas substâncias com diretrizes de consumo bem definidas, não existe uma recomendação universal e rígida sobre a quantidade ideal de água com gás que uma pessoa pode consumir por dia. A resposta para essa pergunta é altamente individual e depende de uma série de fatores.

A Individualidade Fala Mais Alto:

A tolerância à água com gás varia significativamente de pessoa para pessoa. Enquanto alguns podem desfrutar de vários copos ao longo do dia sem qualquer problema, outros podem sentir desconforto com quantidades menores. Fatores como a sensibilidade gastrointestinal preexistente, a saúde bucal e até mesmo as preferências pessoais desempenham um papel importante.

Moderação é a Chave:

Para a maioria das pessoas saudáveis, a moderação é o princípio fundamental. Consumir água com gás em quantidades razoáveis geralmente não representa riscos significativos. O problema tende a surgir com o consumo excessivo e frequente, especialmente em indivíduos mais suscetíveis aos potenciais efeitos negativos já discutidos.

Escute os Sinais do Seu Corpo:

A melhor maneira de determinar a sua quantidade ideal de consumo é prestar atenção aos sinais que o seu corpo envia. Se você notar desconforto gastrointestinal, como inchaço, gases ou azia, após beber água com gás, é um indicativo de que você pode estar exagerando na dose. Da mesma forma, se você tem histórico de problemas dentários ou sente sensibilidade, pode ser prudente limitar a frequência e a quantidade.

Recomendações Gerais (Sem Serem Regras Rígidas):

  • Comece com pequenas quantidades: Se você não é um consumidor regular de água com gás, introduza-a gradualmente na sua rotina para observar como o seu corpo reage.
  • Evite o consumo excessivo em um curto período de tempo: Beber grandes volumes de água com gás de uma vez pode aumentar a probabilidade de desconforto gastrointestinal.
  • Priorize a água natural como principal fonte de hidratação: A água sem gás deve ser a sua principal aliada na hidratação diária. A água com gás pode ser um complemento ou uma alternativa ocasional.
  • Observe a frequência: Consumir água com gás várias vezes ao dia pode aumentar a exposição dos seus dentes à acidez.

Casos Específicos Merecem Atenção:

  • Pessoas com problemas gastrointestinais: Indivíduos com SII, DRGE ou outras condições digestivas devem ser particularmente cautelosos e, idealmente, consultar um médico ou nutricionista para obter orientações personalizadas sobre o consumo de água com gás. Em alguns casos, a exclusão da bebida pode ser recomendada.
  • Indivíduos com histórico de problemas dentários: Aqueles com propensão a cáries, erosão dentária ou sensibilidade devem moderar o consumo de água com gás e adotar medidas de higiene bucal rigorosas.

Em suma, não há um número mágico para a quantidade ideal de água com gás. O bom senso, a moderação e a atenção aos sinais do seu corpo são os melhores guias para um consumo seguro e prazeroso. Lembre-se que a água natural deve ser sempre a sua principal fonte de hidratação.

Benefícios da Água com Gás (Além do Refresco): Uma Perspectiva Positiva

Apesar das preocupações levantadas, a água com gás também pode oferecer alguns benefícios interessantes, especialmente quando comparada a outras bebidas menos saudáveis. É importante equilibrar a discussão e reconhecer os seus potenciais pontos positivos:

  • Hidratação Eficaz: Assim como a água natural, a água com gás cumpre o papel fundamental de hidratar o organismo. Ela contribui para a manutenção das funções corporais essenciais, como a regulação da temperatura, o transporte de nutrientes e a eliminação de toxinas. Para aqueles que acham a água sem gás “sem graça”, a versão gaseificada pode ser uma forma mais agradável de atingir a ingestão diária de líquidos recomendada.
  • Sensação de Saciedade: Algumas pessoas relatam sentir uma maior sensação de saciedade após consumir água com gás em comparação com a água natural. A presença do gás no estômago pode contribuir para essa percepção, o que, teoricamente, poderia auxiliar no controle do apetite e, consequentemente, no gerenciamento do peso. No entanto, é importante ressaltar que esse efeito é geralmente transitório e não deve ser considerado uma estratégia primária para perda de peso.
  • Alternativa Saborosa e Sem Calorias: A água com gás natural ou sem adição de açúcares e outros aditivos se apresenta como uma alternativa muito mais saudável aos refrigerantes, sucos industrializados e outras bebidas açucaradas. Ela oferece o prazer das bolhas sem as calorias vazias, os altos níveis de açúcar e os aditivos artificiais prejudiciais à saúde. Para quem busca reduzir o consumo dessas bebidas, a água com gás pode ser uma ferramenta útil na transição.
  • Potencial Auxílio na Deglutição (em alguns casos): Curiosamente, alguns estudos sugerem que a água carbonatada pode facilitar a deglutição em pessoas com disfagia (dificuldade para engolir). Acredita-se que a estimulação sensorial proporcionada pelas bolhas possa ajudar a desencadear o reflexo de deglutição. No entanto, essa aplicação é específica e deve ser avaliada por profissionais de saúde.

É crucial reiterar que esses benefícios são mais evidentes quando se opta pela água com gás natural ou por versões sem adição de açúcares, adoçantes artificiais ou outros aditivos. As opções saborizadas podem trazer consigo os malefícios associados aos ingredientes adicionados.

Dicas para um Consumo Consciente de Água com Gás

Para aproveitar os potenciais benefícios da água com gás e minimizar os riscos, algumas dicas simples podem ser incorporadas à sua rotina. Um consumo consciente é a chave para desfrutar dessa bebida sem preocupações:

  • Alterne com o consumo de água natural: Não faça da água com gás a sua única fonte de hidratação. Varie com a água natural ao longo do dia. Essa prática garante uma hidratação eficaz e reduz a exposição constante dos seus dentes à acidez.
  • Evite o consumo excessivo em um curto período de tempo: Beber grandes quantidades de água com gás de uma vez só pode aumentar o desconforto gastrointestinal. Distribua o consumo ao longo do dia e observe como o seu corpo reage.
  • Prefira água com gás natural ou sem aditivos: Opte pelas versões mais puras da água com gás, sem adição de açúcares, adoçantes artificiais, corantes ou sabores, especialmente os cítricos. Esses aditivos podem aumentar o potencial erosivo para os dentes e trazer outros malefícios à saúde. Leia atentamente os rótulos!
  • Enxágue a boca com água natural após o consumo: Após beber água com gás, especialmente se for saborizada, enxaguar a boca com água natural pode ajudar a neutralizar a acidez e remover resíduos, protegendo o esmalte dos seus dentes.
  • Utilize canudos: Se você consome água com gás com frequência e tem preocupações com a saúde bucal, usar um canudo pode ajudar a direcionar o líquido para a parte de trás da boca, minimizando o contato com os dentes frontais, que são mais suscetíveis à erosão.
  • Mantenha uma boa higiene bucal: Uma rotina completa de higiene bucal, incluindo escovação regular com pasta de dente com flúor e uso de fio dental, é fundamental para proteger o esmalte dos dentes, independentemente do seu consumo de água com gás.

Ao incorporar essas dicas no seu dia a dia, você poderá desfrutar da água com gás de forma mais segura e consciente, aproveitando seus benefícios sem comprometer a sua saúde. Lembre-se que pequenas mudanças de hábitos podem fazer uma grande diferença a longo prazo.

Conclusão: Água com Gás na Medida Certa, Um Brinde à Saúde e ao Bem-Estar

Ao longo desta jornada pelas borbulhas da água com gás, exploramos os mitos, verdades e nuances que envolvem o seu consumo. Desvendamos a sua composição simples, mas com potenciais efeitos que merecem atenção, especialmente em casos de sensibilidade individual.

Concluímos que, para a grande maioria das pessoas, a água com gás consumida com moderação não representa uma ameaça significativa à saúde. Longe de ser uma vilã, ela pode ser uma aliada na hidratação e uma alternativa refrescante e menos calórica a outras bebidas. No entanto, a chave para um relacionamento saudável com a água com gás reside no equilíbrio e na escuta atenta aos sinais do próprio corpo.

Indivíduos com sensibilidade gastrointestinal preexistente e aqueles com preocupações com a saúde bucal devem abordar o consumo com cautela, observando a tolerância e adotando medidas preventivas. A moderação, a preferência por versões puras e a adoção de hábitos conscientes são os pilares para desfrutar da efervescência sem potenciais efeitos negativos.

Lembre-se que a água natural deve continuar sendo a sua principal fonte de hidratação. A água com gás pode ser um complemento prazeroso, um toque especial na sua rotina, desde que utilizada com sabedoria e discernimento.

Em última análise, o convite é para um estilo de vida equilibrado, onde a informação confiável e a observação individual guiam as nossas escolhas. Que você possa brindar à sua saúde e ao seu bem-estar, encontrando a medida certa para desfrutar de todos os líquidos que fazem parte do seu dia a dia, incluindo a refrescante água com gás.

Sua Experiência Conta e Sua Dúvida é Importante!

Agora que você está mais informado sobre a água com gás, queremos ouvir a sua experiência!

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saúde

Creatina: Mitos e Verdades. O Que Dizem os Estudos da USP Sobre Rins, Cabelo e Uso Seguro

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Como nutricionista, recebo diariamente perguntas sobre creatina e seus possíveis efeitos nos rins, cabelo e peso. Vou esclarecer definitivamente o que é mito e o que é verdade sobre esse suplemento, baseando-me em uma extensa revisão científica publicada por pesquisadores da USP no Journal of the International Society of Sports Nutrition.

Creatina

A Creatina Prejudica os Rins?

MITO. Não há evidências científicas de que a creatina cause danos renais em pessoas saudáveis. Segundo o professor Bruno Gualano, da Faculdade de Medicina da USP, existe uma “evidência muito grande de que o suplemento é seguro” para a função renal.

A confusão surge porque os rins eliminam a creatinina (produto da quebra da creatina), e exames laboratoriais podem mostrar níveis elevados dessa substância no sangue. No entanto, isso não significa sobrecarga ou dano renal, apenas que há mais creatina sendo processada pelo organismo. A literatura científica analisada pela USP confirmou que não há efeito negativo da suplementação sobre os rins em indivíduos saudáveis.

Atenção: oriento que pessoas com doença renal pré-existente evitem a creatina ou usem apenas sob supervisão médica rigorosa.

A Creatina Causa Queda de Cabelo?

MITO. Não existem evidências científicas que comprovem que a creatina causa calvície. O mito surgiu de um único estudo realizado em 2009 com jogadores de rugby, que mostrou aumento de DHT (di-hidrotestosterona), hormônio associado à queda capilar.

No entanto, esse estudo tinha limitações importantes: foi pequeno, não avaliou diretamente a queda de cabelo, usou doses muito altas de creatina e seus resultados nunca foram replicados. Um estudo posterior com 45 homens que suplementaram 5 gramas de creatina por dia não encontrou diferenças nos níveis de testosterona total, livre ou DHT em comparação com o grupo placebo.

A tricologista Luciana Passoni explica que “não há evidências de que a creatina, quando suplementada na quantidade correta (de 3 a 5 gramas por dia), cause queda de cabelo”.

A Creatina Retém Líquido e Causa Inchaço?

VERDADE PARCIAL. Na minha experiência clínica, explico aos pacientes que a creatina causa retenção de água dentro das células musculares, não no corpo todo. Esse efeito é fisiológico e benéfico, pois o aumento de creatina nas células musculares atrai água para dentro delas, contribuindo para o aumento do volume muscular.

Creatina

Não há evidências científicas de que a creatina cause retenção de líquidos em outros órgãos ou inchaço generalizado. Segundo Hamilton Roschel, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP, apesar da “retenção de fluido intracelular”, a literatura mostra que não há efeito negativo sobre a pressão arterial ou acúmulo de líquido fora dos músculos.

A Creatina Engorda ou Aumenta o Peso?

DEPENDE DA PERSPECTIVA. Sempre explico aos meus pacientes que o ganho de peso observado com a creatina não é gordura, mas sim aumento de massa muscular e água intramuscular. A balança pode mostrar de 0,5 a 2 kg a mais nas primeiras semanas devido à retenção hídrica nas células musculares e ao ganho de massa magra.

Para quem busca hipertrofia e desempenho, esse é um efeito positivo. No entanto, para pessoas focadas apenas na perda de peso na balança, pode ser percebido negativamente. É importante entender que a creatina não causa acúmulo de gordura corporal e pode até auxiliar indiretamente no emagrecimento ao melhorar o desempenho nos treinos.

Quais São os Benefícios Comprovados da Creatina?

Creatina

Com base nos estudos da USP, confirmo diversos benefícios baseados em evidências científicas robustas:

  • Melhora do desempenho físico: aumenta força e potência muscular, especialmente em atividades de alta intensidade como musculação, futebol, basquete e vôlei
  • Recuperação muscular: reduz inflamação e acelera a recuperação pós-treino
  • Ganho de massa magra: favorece o aumento da massa muscular quando combinada com treinamento de resistência
  • Segurança comprovada: pode ser usada por adultos, adolescentes e idosos saudáveis
  • Benefício para não praticantes: melhora o desempenho muscular mesmo em pessoas sedentárias

Qual a Dosagem Recomendada de Creatina?

Recomendo aos meus pacientes a dose de 3 a 5 gramas por dia para manutenção. Segundo a nutricionista Débora Moreira, da USP, “a dose pode variar conforme as necessidades individuais” e deve ser ajustada com orientação profissional.

Com Fase de Saturação

O protocolo tradicional consiste em uma fase de saturação de 20 gramas por dia divididas em 4 doses de 5 gramas durante 5 a 7 dias, seguida pela dose de manutenção de 3 a 5 gramas diárias.

Sem Fase de Saturação

Pode-se iniciar diretamente com 3 a 5 gramas por dia sem fase de saturação. Os resultados demoram um pouco mais para aparecer (cerca de 3 a 4 semanas), mas o efeito final é o mesmo.

Quando Tomar: Antes ou Depois do Treino?

NÃO FAZ DIFERENÇA. Como o efeito da creatina é cumulativo e a longo prazo, as evidências científicas apontam que não há diferença significativa entre consumir antes ou depois do treino. O importante é manter a consistência diária na suplementação.

Quem NÃO Deve Usar Creatina?

Oriento que a creatina deve ser evitada ou usada com extrema cautela nos seguintes casos:

  • Pessoas com doença renal pré-existente ou comprometimento da função dos rins
  • Indivíduos com doença hepática (problemas no fígado)
  • Gestantes e lactantes (ainda não há evidências clínicas suficientes sobre segurança)
  • Crianças (a segurança não foi completamente estabelecida)
  • Pessoas com histórico de sintomas gastrointestinais graves

Sempre oriento a consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação.

Quais São os Efeitos Colaterais Reais da Creatina?

Os efeitos colaterais reais e documentados são mínimos quando a creatina é usada nas doses recomendadas:

  • Desconforto gastrointestinal leve: náusea, diarreia ou cólicas em alguns casos, geralmente quando consumida em doses muito altas de uma vez ou sem diluição adequada
  • Ganho de peso inicial: devido à retenção hídrica intramuscular (não é gordura)

Efeitos que NÃO ocorrem segundo a revisão científica da USP:

  • Não causa câncer
  • Não provoca hipertensão arterial
  • Não causa câimbras
  • Não compromete a fertilidade masculina
  • Não é um esteroide anabolizante

A Creatina Precisa de Pausa ou Ciclo?

NÃO É NECESSÁRIO. Diferente de substâncias anabolizantes, a creatina pode ser usada continuamente sem necessidade de ciclos ou pausas. O corpo não desenvolve “tolerância” e não há evidências de que pausas tragam benefícios adicionais para pessoas saudáveis.

Resumo Científico da USP

O estudo coordenado pelos professores Hamilton Roschel e Bruno Gualano, do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da USP, analisou dezenas de trabalhos científicos mundiais sobre creatina. A revisão narrativa publicada no Journal of the International Society of Sports Nutrition confirmou:

Fatos comprovados: a creatina melhora o desempenho físico em atividades de alta intensidade, é segura para adultos saudáveis, adolescentes e idosos, não causa danos renais ou hepáticos em pessoas saudáveis, não provoca câncer, hipertensão, câimbras ou calvície.

Mitos desmentidos: não prejudica os rins de pessoas saudáveis, não causa queda de cabelo, não é esteroide anabolizante, não compromete a fertilidade masculina, e a cafeína não atrapalha sua ação.

Áreas que necessitam mais pesquisa: efeitos terapêuticos específicos, segurança na gestação, doses ideais para efeito cognitivo.

FAQ – Perguntas Rápidas sobre Creatina

Perguntas Rápidas (FAQ)

Sim, a suplementação diária é segura e recomendada para manter os níveis musculares elevados.
Não, mas oriento sempre buscar orientação de nutricionista ou médico para ajuste de dose.
A creatina monohidratada é a forma mais estudada e eficaz.
Sim, os benefícios são os mesmos para homens e mulheres.
Com saturação: 5-7 dias. Sem saturação: 3-4 semanas.
Sim, não há evidências de que a cafeína em doses normais interfira na ação da creatina.

Conclusão

Como nutricionista, afirmo com segurança que a creatina é um dos suplementos mais seguros e eficazes disponíveis no mercado, com décadas de pesquisa científica comprovando seus benefícios. Os principais mitos como danos renais e queda de cabelo foram categoricamente desmentidos pela revisão científica da USP. Quando usada na dosagem adequada (3 a 5 gramas diárias) por pessoas saudáveis, a creatina oferece benefícios reais para o desempenho físico, recuperação muscular e ganho de massa magra, sem os riscos alardeados pela desinformação.

CITAÇÕES SOBRE A PESQUISA DA USP SOBRE CREATINA

Prof. Bruno Gualano (Faculdade de Medicina da USP)

“Existe uma evidência muito grande de que o suplemento é seguro para a função renal em pessoas saudáveis.”

Fonte: Jornal da USP – “Verdades e mitos sobre a creatina: estudo mostra o que já existe de evidência científica”
Link: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Data de Publicação: 22 de janeiro de 2025


Prof. Hamilton Roschel (Escola de Educação Física e Esporte da USP)

“Apesar da retenção de fluido intracelular, a literatura mostra que não há efeito negativo sobre a pressão arterial ou acúmulo de líquido fora dos músculos.”

Fonte: Jornal da USP – “Verdades e mitos sobre a creatina: estudo mostra o que já existe de evidência científica”
Link: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Data de Publicação: 22 de janeiro de 2025


Nutricionista Débora Moreira (USP)

“A dose pode variar conforme as necessidades individuais e deve ser ajustada com orientação profissional.”

Fonte: Revista Veja – “Nem problemas renais, nem queda de cabelo: veja os mitos e verdades sobre a creatina”
Link: https://veja.abril.com.br/saude/nem-problemas-renais-nem-queda-de-cabelo-veja-os-mitos-e-verdades-sobre-a-creatina/
Data de Publicação: 21 de janeiro de 2025


Citações de Especialistas Externos

Dra. Luciana Passoni (Tricologista)

“Não há evidências de que a creatina, quando suplementada na quantidade correta (de 3 a 5 gramas por dia), cause queda de cabelo.”

Fonte: CNN Brasil – “Creatina causa queda de cabelo? Especialistas respondem”
Link: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/creatina-causa-queda-de-cabelo-especialistas-respondem/
Data de Publicação: 28 de julho de 2025


Sobre o Estudo Principal

Título da Pesquisa: Revisão narrativa sobre mitos e verdades da creatina

Publicação: Journal of the International Society of Sports Nutrition

Instituição: Universidade de São Paulo (USP) – Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição

Coordenação: Prof. Hamilton Roschel e Prof. Bruno Gualano

Escola: Escola de Educação Física e Esporte (EEFE-USP)

Link da Notícia USP: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/

Link EEFE-USP: https://www.eefe.usp.br/clipping/verdades-e-mitos-sobre-creatina-estudo-mostra-o-que-já-existe-de-evidência-científica


Fontes Científicas Adicionais

Sobre Segurança Renal:

Sobre Queda de Cabelo:

Sobre Efeitos Colaterais:

Sobre Suplementação e Efeitos:


Principais Conclusões Citáveis do Estudo USP

  • “A creatina melhora o desempenho físico em atividades de alta intensidade e é segura para adultos saudáveis, adolescentes e idosos.”
  • “Não há evidências científicas de que a creatina cause danos renais, calvície, câncer, hipertensão ou comprometimento da fertilidade masculina em pessoas saudáveis.”
  • “A retenção hídrica causada pela creatina ocorre dentro das células musculares, não provocando inchaço generalizado no corpo.”
  • “A creatina pode ser usada continuamente sem necessidade de ciclos ou pausas, diferente de substâncias anabolizantes.”

Fonte de todas as conclusões: Jornal da USP e Revista Veja (Janeiro 2025)


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Whey Protein: É útil, mas não indispensável

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Whey Protein É útil, mas não indispensável

O Whey Protein se tornou um dos suplementos mais populares e onipresentes, tanto nas prateleiras das lojas de nutrição quanto nas cozinhas de atletas, entusiastas de fitness e até mesmo pessoas que buscam apenas uma fonte prática de proteína. Mas, em meio a tanto burburinho, surge a pergunta: ele é realmente essencial? A resposta mais honesta é: é útil, mas não indispensável.

Entender o papel do Whey Protein na sua rotina e quando ele se torna um aliado valioso é crucial para otimizar seus resultados e evitar gastos desnecessários. Este artigo detalhado vai desvendar a ciência por trás desse suplemento, mostrar as situações em que seu consumo é mais vantajoso e, o mais importante, ajudá-lo a determinar se você realmente precisa dele.

O Que é o Whey Protein e Por Que Ele é Tão Poderoso?

O Whey Protein é, basicamente, a proteína do soro do leite. Durante o processo de fabricação do queijo, o leite se separa em coalhada e soro, sendo o soro a parte líquida rica em proteínas de alto valor biológico.

Alto Valor Biológico: Isso significa que o Whey Protein contém todos os nove aminoácidos essenciais (aqueles que o corpo não produz e precisam ser obtidos pela alimentação), sendo especialmente rico em Leucina, um aminoácido-chave para a síntese proteica e o crescimento muscular.

Rápida Absorção: Essa é, talvez, a sua maior vantagem. O Whey Protein é digerido e absorvido muito rapidamente pelo organismo, liberando aminoácidos na corrente sanguínea de forma eficiente. Essa característica o torna ideal para o período pós-treino, quando o corpo está mais receptivo à reparação e construção muscular.

Três Tipos de Whey Protein: Qual a Diferença?

Existem três tipos principais no mercado, e a escolha entre eles deve considerar seus objetivos, sensibilidades alimentares e orçamento.

1. Whey Protein Concentrado (WPC)

É a forma menos processada e mais comum. Contém entre 70% e 80% de proteína, além de pequenas quantidades de carboidratos (lactose) e gorduras. É mais saboroso e o mais econômico. Pode causar desconforto em pessoas com intolerância leve à lactose.

2. Whey Protein Isolado (WPI)

Passa por um processamento adicional que remove quase toda a lactose e gordura, elevando a concentração proteica para cerca de 90% ou mais. É a melhor opção para quem tem intolerância à lactose e busca o máximo de proteína com o mínimo de calorias extras. É mais caro que o concentrado.

3. Whey Protein Hidrolisado (WPH)

É o tipo mais processado. As proteínas são “quebradas” em pedaços menores (peptídeos), o que torna a absorção ainda mais rápida e reduz o risco de reações alérgicas. É o mais caro e geralmente tem um sabor mais amargo, sendo recomendado para atletas de elite ou indivíduos com problemas digestivos específicos.

Quando o Whey Protein é Indispensável (Ou Quase Isso)

A utilidade do suplemento depende diretamente do contexto da sua dieta e do seu estilo de vida.

1. Atingir a Meta Proteica Diária

Se você tem dificuldade em consumir a quantidade ideal de proteína apenas com a alimentação — seja por falta de tempo, pouco apetite ou restrições dietéticas (como vegetarianismo ou veganismo, neste caso, o Whey Protein não se aplica, mas outras proteínas em pó sim) —, um shake de Whey Protein é a forma mais rápida e prática de suprir essa necessidade. Para atletas ou pessoas em intenso treinamento de força, a necessidade proteica é alta (podendo ultrapassar 2g por quilo de peso corporal), e o suplemento simplifica muito essa ingestão.

2. Recuperação Pós-Treino Rápida

Em momentos cruciais, como imediatamente após um treino intenso, a velocidade de absorção do Whey Protein se destaca. Ele acelera a entrega de aminoácidos para os músculos danificados, iniciando o processo de reparo e hipertrofia de forma mais eficiente do que a maioria dos alimentos sólidos. Embora uma refeição completa também funcione, o Whey Protein é inigualável em termos de praticidade e velocidade.

3. Controle de Peso e Saciedade

Por ser uma fonte de proteína pura e de baixo carboidrato (especialmente o isolado), o Whey Protein é um excelente aliado em dietas de emagrecimento. A proteína é o macronutriente que gera maior saciedade, ajudando a controlar o apetite e a preservar a massa muscular durante a perda de peso. Adicionar um scoop em lanches ou no café da manhã pode ser uma estratégia eficaz.

e supridas pela dieta tradicional. O consumo de Whey Protein por uma pessoa sedentária, sem déficit proteico, servirá apenas para adicionar calorias extras à dieta.

3. Como Substituição Exclusiva de Refeições

Embora seja útil para lanches ou complementar uma refeição, o Whey Protein não deve substituir refeições completas de forma rotineira. Alimentos integrais fornecem fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos essenciais que o suplemento não oferece. A alimentação deve ser sempre a base.

Quando o Whey Protein é Útil, Mas Totalmente Dispensável

Whey Protein É útil, mas não indispensável

Lembre-se: o Whey Protein é um suplemento, e a palavra-chave aqui é suplementar, ou seja, complementar uma dieta que já é sólida.

1. Se Sua Dieta Já é Rica em Proteínas

Se você já consome carne, ovos, frango, peixe, leguminosas e laticínios em quantidades suficientes para atingir sua meta diária de proteína, o benefício extra do Whey Protein será mínimo ou nulo. O corpo só consegue utilizar uma certa quantidade de proteína por dia; o excesso será transformado em energia ou gordura, não resultando em mais músculo. Neste cenário, gastar dinheiro com Whey Protein é desnecessário.

2. Para Indivíduos Sedentários ou com Baixa Atividade Física

Para quem não pratica exercícios físicos de forma regular e intensa, as necessidades proteicas são facilmente supridas pela dieta tradicional. O consumo de Whey Protein por uma pessoa sedentária, sem déficit proteico, servirá apenas para adicionar calorias extras à dieta.

3. Como Substituição Exclusiva de Refeições

Embora seja útil para lanches ou complementar uma refeição, o Whey Protein não deve substituir refeições completas de forma rotineira. Alimentos integrais fornecem fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos essenciais que o suplemento não oferece. A alimentação deve ser sempre a base.

Onde o Whey Protein se Encaixa na Sua Rotina

Para otimizar o uso do Whey Protein, considere os seguintes momentos:

  1. Pós-Treino: O momento clássico, para rápida recuperação muscular.
  2. Lanches: Misturado com frutas, iogurte ou água, é um lanche rápido e saciante.
  3. Café da Manhã: Adicionado a smoothies ou panquecas, eleva o teor proteico da primeira refeição do dia, ajudando a manter a saciedade por mais tempo.

Em resumo, o Whey Protein é uma ferramenta de nutrição incrivelmente conveniente e eficiente. Ele facilita a vida de quem tem altas demandas proteicas ou pouco tempo para preparar refeições. Contudo, ele não faz mágica e não substitui uma alimentação equilibrada. Invista no Whey Protein se ele preenche uma lacuna real na sua dieta ou se a praticidade for um fator decisivo para manter a consistência dos seus hábitos alimentares. Caso contrário, priorize a proteína dos alimentos integrais.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Whey Protein

Whey Protein engorda?

O Whey Protein por si só não engorda. O ganho de peso (em forma de gordura) é resultado do consumo de um excesso de calorias em relação ao que você gasta, independentemente da fonte. Se o consumo do Whey Protein fizer com que suas calorias diárias ultrapassem seu gasto energético, você pode engordar. Usado dentro de um plano alimentar com déficit calórico, ele auxilia no emagrecimento, pois a proteína promove saciedade e preserva a massa muscular.

Quem não treina pode tomar Whey Protein?

Sim, pode tomar. O Whey Protein é uma fonte de proteína de alta qualidade, semelhante à encontrada no leite, ovos ou carne. Se uma pessoa sedentária tem dificuldade em atingir a ingestão mínima de proteína através da alimentação, o Whey Protein pode ser uma forma prática de suplementar. No entanto, o benefício de crescimento muscular será mínimo sem o estímulo do exercício físico. O ideal é que a ingestão de Whey Protein seja acompanhada de uma rotina de exercícios.

Qual o melhor tipo de Whey Protein para quem tem intolerância à lactose?

O Whey Protein Isolado (WPI) é a melhor opção, pois passa por um processo de filtragem que remove a maior parte da lactose, tornando-o bem tolerado pela maioria das pessoas com intolerância. O Whey Protein Hidrolisado também é uma excelente opção por ser pré-digerido, embora seja mais caro. O Whey Concentrado (WPC) deve ser evitado, pois contém mais lactose.

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Saúde e Bem-estar

Estômago Alto: Por Que Sua Barriga Incha e Como Reduzir o Desconforto

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Estômago Alto

Quem nunca sentiu aquela sensação incômoda de inchaço abdominal após uma refeição ou em momentos de estresse? O que popularmente chamamos de estômago alto é, na verdade, um sintoma comum que afeta milhões de pessoas e pode ter diversas origens, desde hábitos alimentares simples até condições de saúde que merecem atenção.

O inchaço, a distensão abdominal e a sensação de “barriga estufada” são os sinais mais claros do que se convencionou chamar de estômago alto. Longe de ser apenas uma questão estética, esse desconforto pode afetar significativamente a qualidade de vida, a autoestima e até mesmo o sono. Mas, afinal, por que isso acontece e o que podemos fazer para aliviar?

Neste guia completo e detalhado, você vai entender as causas mais frequentes do inchaço, aprender a identificar os gatilhos e descobrir um conjunto de estratégias e mudanças no estilo de vida que podem ajudar a controlar e reduzir o desconforto causado pelo estômago alto. Prepare-se para conhecer as chaves para uma digestão mais suave e uma vida mais leve.

O Que Causa o Estômago Alto? Entendendo a Distensão Abdominal

O inchaço que caracteriza o estômago alto ocorre quando há um acúmulo excessivo de gases, líquidos ou, em casos mais raros, quando o trânsito intestinal está comprometido. O sintoma é frequentemente confundido com ganho de peso, mas na maioria das vezes, está relacionado diretamente ao funcionamento do seu sistema digestivo.

As Principais Fontes de Gases e Inchaço

A produção de gases é um processo natural da digestão, especialmente quando as bactérias do intestino grosso fermentam carboidratos não digeridos. No entanto, o excesso é o que leva ao desconforto do estômago alto.

1. Hábitos Alimentares

A forma como você come e o que você come são os maiores culpados.

  • Engolir Ar (Aerofagia): Beber líquidos com canudo, mascar chiclete, falar muito durante as refeições ou comer muito rápido faz com que você engula ar, que se acumula no estômago e no intestino.
  • Refrigerantes e Bebidas Gaseificadas: O gás carbônico presente nessas bebidas é liberado no seu sistema digestivo, contribuindo instantaneamente para o inchaço.
  • Alimentos Ricos em FODMAPs: Esta sigla refere-se a Carboidratos Fermentáveis, Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis. Alimentos como feijão, lentilha, brócolis, repolho, cebola, alho, maçã e alguns adoçantes (xilitol, sorbitol) são fermentados rapidamente no intestino, gerando grande volume de gases.

2. Intolerâncias e Sensibilidades Alimentares

A incapacidade do seu corpo de digerir certas substâncias pode levar a um aumento significativo da fermentação e, consequentemente, ao estômago alto.

  • Intolerância à Lactose: Dificuldade em digerir o açúcar do leite.
  • Intolerância ao Glúten (Doença Celíaca ou Sensibilidade Não-Celíaca): Causa inflamação e distensão em indivíduos sensíveis.

3. Condições Gastrointestinais

Se o estômago alto for persistente ou acompanhado de outros sintomas (dor, perda de peso, alteração no trânsito intestinal), é crucial investigar condições mais sérias.

  • Síndrome do Intestino Irritável (SII): Uma condição crônica que afeta o intestino grosso, levando a dor abdominal, cólicas e distensão.
  • Disbiose: Desequilíbrio na flora intestinal (micróbios), onde bactérias “ruins” ou fermentadoras se proliferam em excesso.
  • Constipação (Prisão de Ventre): Fezes acumuladas no intestino podem ocupar espaço e dificultar a eliminação de gases, resultando em um forte estômago alto.
  • Gastrite: A inflamação do revestimento do estômago também pode levar à sensação de peso e inchaço.

Estratégias Eficazes para Reduzir o Desconforto do Estômago Alto

Estômago Alto

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o desconforto do estômago alto pode ser aliviado ou evitado com ajustes simples e conscientes na sua rotina.

1. Ajustes na Forma de Comer

O primeiro passo é mudar seus hábitos de refeição.

  • Coma Devagar e Mastigue Bem: A digestão começa na boca. Mastigar adequadamente quebra os alimentos e reduz a quantidade de ar engolida, facilitando o trabalho do estômago e intestino.
  • Evite Beber Líquidos Durante as Refeições: Beber grandes volumes de água ou suco enquanto come pode diluir as enzimas digestivas, tornando a digestão mais lenta e contribuindo para o inchaço.

2. Escolha Seus Alimentos com Inteligência

Conhecer os gatilhos alimentares é fundamental para combater o estômago alto.

  • Identifique Seus Gatilhos: Faça um diário alimentar para identificar quais alimentos específicos (laticínios, feijão, frituras, etc.) causam mais inchaço em você.
  • Controle o Consumo de Sal: O excesso de sódio leva à retenção de líquidos, que pode contribuir para o inchaço abdominal.
  • Consuma Chás Digestivos: Chás como o de hortelã, funcho e gengibre possuem propriedades que podem acalmar o sistema digestivo e ajudar na eliminação de gases.

3. Movimento e Estilo de Vida

O sedentarismo é um inimigo da digestão saudável.

  • Movimente-se: A atividade física, mesmo uma caminhada leve, estimula os músculos abdominais e o trânsito intestinal, ajudando a liberar gases presos e a combater a prisão de ventre, uma das grandes causas do estômago alto.
  • Controle o Estresse: O intestino é conhecido como o “segundo cérebro”. O estresse e a ansiedade afetam a motilidade intestinal e a secreção de ácido, piorando os sintomas digestivos. Práticas como meditação e ioga podem ajudar.

4. Suplementos e Apoio Profissional

Em alguns casos, a ajuda de um profissional e o uso estratégico de suplementos podem ser necessários.

  • Probióticos: São microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro. Eles ajudam a reequilibrar a flora intestinal (combatendo a disbiose) e podem reduzir a fermentação excessiva.
  • Enzimas Digestivas: Pessoas com dificuldade para digerir gorduras, proteínas ou certos carboidratos podem se beneficiar de enzimas que auxiliam na quebra desses alimentos.
  • Consulte um Médico ou Nutricionista: Se o seu estômago alto for frequente, doloroso ou não melhorar com mudanças de estilo de vida, é fundamental buscar um gastroenterologista para descartar condições subjacentes (como as mencionadas – SII, Doença Celíaca, etc.) e obter um diagnóstico e tratamento adequados. Não se contente com o desconforto.

Conclusão: Uma Vida com Menos Inchaço

O estômago alto é um sinal de que algo na sua rotina digestiva não está funcionando perfeitamente. Na maioria das vezes, o problema está na rapidez com que comemos ou nos alimentos que escolhemos. No entanto, a persistência do inchaço exige uma investigação mais profunda.

Ao adotar uma abordagem consciente — mastigar melhor, evitar bebidas gaseificadas, identificar seus gatilhos alimentares e manter um estilo de vida ativo e com baixo estresse — você estará dando os passos mais importantes para controlar o inchaço. Lembre-se, um sistema digestivo saudável é a base para um corpo mais leve, energizado e, acima de tudo, livre do incômodo e persistente estômago alto. Comece hoje a implementar estas mudanças e sinta a diferença!

FAQ: Dúvidas Comuns Sobre Estômago Alto

O que fazer para aliviar o estômago alto rápido?

Para um alívio rápido, tente: 1) Caminhar por 10-15 minutos para estimular a eliminação de gases. 2) Beber um chá de hortelã ou funcho quente para relaxar o trato digestivo. 3) Massagear suavemente a barriga no sentido horário. Evitaritar deitar-se imediatamente após comer também ajuda a prevenir o acúmulo.

Quando o estômago alto pode ser algo grave?

O estômago alto torna-se preocupante e requer avaliação médica imediata se for acompanhado de sintomas como dor abdominal intensa e persistente, perda de peso inexplicada, sangue nas fezes, vômitos frequentes ou se você tiver febre. Nesses casos, o inchaço pode ser um sintoma de condições mais sérias, como doença inflamatória intestinal ou obstrução.

Beber água ajuda a reduzir o inchaço abdominal?

Sim, a água é essencial. A desidratação pode levar à constipação, que é uma causa primária de inchaço e estômago alto. Beber água suficiente (em torno de 2 litros por dia) ajuda a manter o trânsito intestinal regular, amolece as fezes e facilita a eliminação de resíduos e gases. No entanto, evite beber grandes quantidades durante as refeições.

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