Nutrição e Saúde

Dia da Saúde e da Nutrição

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Dia da Saúde e da Nutrição, celebrado em 31 de março

Você sabia que, no Brasil, dados recentes ainda apontam para desafios significativos em relação à nossa saúde e hábitos alimentares? Seja o aumento da obesidade, a prevalência de doenças crônicas ou a carência de nutrientes essenciais, a realidade nos lembra constantemente da importância de priorizarmos o bem-estar. É nesse contexto que o Dia da Saúde e da Nutrição, celebrado em 31 de março, ganha um significado ainda maior.

Esta data não é apenas um lembrete no calendário, mas sim uma oportunidade crucial para refletirmos sobre nossas escolhas diárias e o impacto que elas têm em nossa qualidade de vida. O objetivo principal deste dia é conscientizar a população sobre a intrínseca ligação entre uma boa saúde e uma nutrição equilibrada, incentivando a adoção de hábitos mais saudáveis em todas as fases da vida.

Neste artigo, vamos explorar a relevância do Dia da Saúde e da Nutrição, a conexão vital entre o que comemos e como nos sentimos, e oferecer dicas práticas para você celebrar esta data – e, mais importante, incorporar esses cuidados em sua rotina diária. Prepare-se para uma jornada de informações e inspiração para cuidar de você de dentro para fora!

Por que o Dia da Saúde e da Nutrição é Importante?

O Dia da Saúde e da Nutrição, longe de ser uma data comemorativa superficial, desempenha um papel fundamental na nossa sociedade. Sua importância reside em diversos pilares que visam transformar a forma como encaramos o cuidado com o nosso corpo e a nossa mente.

Primeiramente, a data atua como um poderoso catalisador de conscientização. Em meio à correria do dia a dia e à vasta quantidade de informações (muitas vezes conflitantes) sobre saúde e alimentação, o 31 de março serve como um farol, direcionando o foco para a necessidade de adotarmos um estilo de vida mais saudável. É um momento para que indivíduos, famílias, comunidades e instituições reflitam sobre os desafios e as oportunidades relacionados à saúde e nutrição.

Além disso, o Dia da Saúde e da Nutrição é crucial para a prevenção de doenças. Uma alimentação inadequada e hábitos de vida pouco saudáveis são fatores de risco significativos para o desenvolvimento de diversas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Ao promover a educação e o acesso a informações de qualidade sobre nutrição, a data contribui para que as pessoas façam escolhas mais conscientes e, consequentemente, reduzam as chances de desenvolverem essas condições.

A importância da data também se manifesta na promoção da qualidade de vida. Uma boa saúde e uma nutrição equilibrada não se traduzem apenas na ausência de doenças. Elas impactam diretamente nossos níveis de energia, disposição, humor, capacidade de concentração e bem-estar geral. Ao celebrarmos o Dia da Saúde e da Nutrição, estamos, na verdade, valorizando uma vida mais plena e ativa, com mais vitalidade para aproveitar as diversas experiências.

Por fim, é fundamental reconhecer o impacto social e econômico de uma população mais saudável. Indivíduos com boa saúde tendem a ser mais produtivos, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Além disso, uma sociedade com menor incidência de doenças crônicas gera menos pressão sobre o sistema de saúde, resultando em menores custos e recursos que podem ser direcionados para outras áreas importantes.

Portanto, o Dia da Saúde e da Nutrição é muito mais do que uma simples data no calendário. É um lembrete anual da nossa responsabilidade individual e coletiva em priorizar a saúde e a nutrição como pilares fundamentais para uma vida longa, feliz e com qualidade.

A Ligação Essencial entre Saúde e Nutrição

Dia da Saúde e da Nutrição

Quando falamos em bem-estar, é impossível dissociar a saúde da nutrição. Esses dois conceitos estão intrinsecamente ligados, funcionando como engrenagens de uma mesma máquina: um depende do outro para operar em sua máxima potência.

Para compreendermos essa conexão, é importante termos uma visão abrangente do que realmente significa saúde. Longe de ser apenas a ausência de doenças, a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, conforme definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Envolve não apenas o bom funcionamento do nosso corpo, mas também a nossa capacidade de lidar com as emoções, de nos relacionarmos com os outros e de nos sentirmos realizados em diferentes aspectos da vida.

Dentro desse panorama, a nutrição assume um papel central. Ela é a ciência que estuda como os alimentos que consumimos fornecem os nutrientes essenciais para o funcionamento adequado do nosso organismo. Através da alimentação, nosso corpo obtém a energia necessária para as atividades diárias, os materiais de construção para a renovação celular, as vitaminas e minerais que regulam diversas funções metabólicas e os compostos bioativos que nos protegem contra doenças.

Por outro lado, a má nutrição, seja por deficiência de nutrientes importantes ou pelo consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e pobres em valor nutricional, pode ter consequências sérias para a nossa saúde. A falta de vitaminas e minerais pode levar a diversas deficiências, como anemia, osteoporose e problemas no sistema imunológico. O consumo exagerado de alimentos ricos em açúcar, gorduras saturadas e sódio está diretamente associado ao aumento do risco de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer.

É crucial entender que a alimentação é um dos pilares fundamentais para a saúde. Assim como precisamos de ar para respirar e de água para nos hidratar, necessitamos de uma dieta equilibrada e nutritiva para manter nosso corpo funcionando de forma otimizada e para promover o nosso bem-estar em todos os níveis. Uma nutrição adequada fortalece o sistema imunológico, melhora a disposição física e mental, contribui para a manutenção de um peso saudável e, em última instância, aumenta a nossa resiliência a doenças.

Portanto, neste Dia da Saúde e da Nutrição, reforçamos a mensagem clara: investir em uma alimentação consciente e equilibrada não é apenas uma escolha estética, mas sim um ato essencial de cuidado com a nossa saúde presente e futura. A forma como nos nutrimos molda a nossa saúde e influencia diretamente a nossa qualidade de vida.

Dia da Saúde e da Nutrição: Dicas Práticas

O Dia da Saúde e da Nutrição é uma excelente oportunidade para colocarmos em prática hábitos mais saudáveis. Mas a celebração não precisa se restringir a um único dia! Adotar essas dicas no seu dia a dia pode trazer benefícios significativos para a sua saúde a longo prazo.

Alimentação Consciente:

  • Preste atenção aos sinais do seu corpo: Antes de comer, pergunte-se se você realmente está com fome ou se é apenas vontade de comer por tédio ou ansiedade. Ao longo da refeição, observe os sinais de saciedade e evite comer até se sentir excessivamente cheio.
  • Evite distrações durante as refeições: Desligue a televisão, guarde o celular e concentre-se no ato de comer. Saboreie cada garfada, perceba os sabores e texturas dos alimentos. Isso ajuda a comer mais devagar e a reconhecer os sinais de saciedade.

Priorize Alimentos Naturais:

  • Inclua mais frutas, verduras e legumes nas suas refeições: Esses alimentos são ricos em vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, essenciais para a saúde. Experimente novas receitas e formas de preparo para torná-los mais atraentes.
  • Opte por grãos integrais: Troque o pão branco, o arroz branco e as massas tradicionais por suas versões integrais. Eles possuem mais fibras, que contribuem para a saciedade e para a saúde intestinal.
  • Escolha proteínas magras: Priorize peixes, frango sem pele, leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico) e ovos. Reduza o consumo de carnes vermelhas gordurosas e processadas.

Reduza o Consumo de Alimentos Processados:

  • Leia os rótulos dos alimentos: Fique atento à lista de ingredientes e evite produtos com muitos aditivos químicos, açúcar, sal e gorduras saturadas.
  • Cozinhe mais em casa: Ao preparar suas próprias refeições, você tem controle sobre os ingredientes e pode evitar o excesso de substâncias prejudiciais presentes em muitos alimentos industrializados.
  • Tenha opções saudáveis à mão: Em vez de recorrer a snacks processados quando a fome apertar, tenha frutas, castanhas, iogurte natural ou palitos de vegetais por perto.

Hidratação Adequada:

  • Beba água regularmente ao longo do dia: A água é essencial para diversas funções do organismo. Tenha sempre uma garrafa de água por perto e estabeleça metas de consumo diário.
  • Observe a cor da sua urina: Uma urina clara indica boa hidratação.
  • Inclua outras fontes de hidratação: Chás sem açúcar e frutas ricas em água, como melancia e melão, também contribuem para a hidratação.

Atividade Física Regular:

  • Encontre uma atividade que você goste: Não precisa ser ir à academia se você não se identifica. Caminhar, correr, dançar, nadar, andar de bicicleta… o importante é se movimentar regularmente.
  • Estabeleça metas realistas: Comece com pequenas mudanças e aumente gradualmente a intensidade e a frequência da atividade física.
  • Busque companhia: Praticar exercícios com amigos ou familiares pode ser mais motivador.

Cuide da Sua Saúde Mental:

  • Reserve tempo para atividades que te dão prazer: Hobbies, leitura, passar tempo com pessoas queridas são importantes para o bem-estar emocional.
  • Pratique técnicas de relaxamento: Meditação, yoga e mindfulness podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade.
  • Busque apoio profissional se necessário: A saúde mental é tão importante quanto a física. Não hesite em procurar um psicólogo ou terapeuta se estiver enfrentando dificuldades.

Consulte um Profissional:

Dia da Saúde e da Nutrição
  • Procure um nutricionista: Um profissional pode te ajudar a montar um plano alimentar personalizado, levando em consideração suas necessidades, objetivos e preferências.
  • Faça consultas médicas regulares: O acompanhamento médico é fundamental para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças.

Ao incorporar essas dicas em sua rotina, você estará não apenas celebrando o Dia da Saúde e da Nutrição, mas também investindo no seu bem-estar a longo prazo e construindo um futuro mais saudável para você.

Mitos e Verdades sobre Saúde e Nutrição

No universo da saúde e nutrição, circulam diversas informações, muitas vezes contraditórias e nem sempre baseadas em evidências científicas sólidas. É fundamental desenvolver um olhar crítico e buscar fontes confiáveis para não cair em armadilhas que podem prejudicar a nossa saúde. Neste Dia da Saúde e da Nutrição, vamos desmistificar alguns mitos comuns e reforçar algumas verdades importantes:

Mito: “Carboidrato engorda. Para emagrecer, preciso cortá-los totalmente da minha dieta.”

Verdade: Carboidratos são a principal fonte de energia do nosso corpo e são essenciais para o bom funcionamento do organismo. O problema não é o carboidrato em si, mas sim o tipo e a quantidade consumida. Carboidratos complexos, como os encontrados em grãos integrais, frutas e legumes, são ricos em fibras e nutrientes, sendo importantes para a saúde. O consumo excessivo de carboidratos refinados (pão branco, massas brancas, doces) e alimentos ultraprocessados, geralmente ricos em açúcares adicionados, é que pode contribuir para o ganho de peso e outros problemas de saúde. Uma dieta equilibrada deve incluir carboidratos de boa qualidade em porções adequadas.

Mito: “Pular refeições ajuda a emagrecer rapidamente.”

Verdade: Pular refeições pode ser contraproducente para o emagrecimento e prejudicial à saúde. Essa prática pode levar a um aumento da fome na refeição seguinte, resultando em um consumo maior de calorias. Além disso, o corpo pode entrar em um estado de “economia de energia”, dificultando a perda de peso. O ideal é realizar refeições regulares e equilibradas ao longo do dia para manter o metabolismo ativo e controlar a fome.

Mito: “Alimentos light e diet são sempre mais saudáveis e ajudam a emagrecer.”

Verdade: Nem sempre. Os termos “light” e “diet” indicam que houve uma redução de algum componente (açúcar, gordura, sódio, etc.) em relação ao produto original. No entanto, para compensar essa redução, outros ingredientes podem ser adicionados, como adoçantes artificiais, sódio ou gorduras, que nem sempre são benéficos para a saúde. É fundamental ler atentamente os rótulos nutricionais para verificar a composição completa do produto e comparar com outras opções.

Verdade: “Beber bastante água é fundamental para a saúde.”

Verdade: A água desempenha inúmeras funções essenciais no nosso organismo, como transportar nutrientes, regular a temperatura corporal, eliminar toxinas e manter o bom funcionamento dos órgãos. A ingestão adequada de água é crucial para a saúde geral e pode até auxiliar no controle do peso.

Verdade: “Uma alimentação variada e colorida é importante para garantir a ingestão de todos os nutrientes.”

Verdade: Diferentes cores de frutas, verduras e legumes indicam a presença de diferentes vitaminas, minerais e compostos bioativos. Uma dieta diversificada garante a ingestão de uma ampla gama de nutrientes essenciais para a saúde e a prevenção de doenças.

Verdade: “A prática regular de atividade física é um complemento essencial para uma boa saúde.”

Verdade: A atividade física não só ajuda a manter um peso saudável, mas também fortalece os músculos e ossos, melhora a saúde cardiovascular, reduz o risco de doenças crônicas, melhora o humor e a qualidade do sono. Alimentação saudável e atividade física regular são pilares inseparáveis de um estilo de vida saudável.

Ao desmistificarmos essas crenças populares e buscarmos informações embasadas em ciência, podemos tomar decisões mais conscientes e eficazes em relação à nossa saúde e nutrição, celebrando o Dia da Saúde e da Nutrição com conhecimento e atitudes positivas. Lembre-se sempre de consultar profissionais de saúde e nutrição para obter orientações personalizadas e confiáveis.

Conclusão

Chegamos ao final desta reflexão sobre o Dia da Saúde e da Nutrição, e esperamos que as informações compartilhadas tenham reforçado a importância de cuidarmos do nosso bem-estar de forma integral. Vimos que o dia 31 de março é muito mais do que uma data comemorativa; é um chamado à ação, um momento para avaliarmos nossos hábitos e nos inspirarmos a fazer escolhas mais conscientes em prol da nossa saúde.

Reafirmamos a ligação intrínseca entre saúde e nutrição. Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes é um dos pilares fundamentais para prevenir doenças, aumentar a nossa qualidade de vida, promover a energia e o bom humor. Juntamente com a prática regular de atividade física e o cuidado com a saúde mental, a nutrição se torna uma poderosa ferramenta para construirmos um futuro mais saudável e pleno.

Lembramos que pequenas mudanças em nossos hábitos diários podem gerar grandes impactos a longo prazo. Priorizar alimentos naturais, reduzir o consumo de ultraprocessados, manter uma boa hidratação, praticar a alimentação consciente e buscar informações confiáveis são passos importantes nessa jornada.

Que este Dia da Saúde e da Nutrição sirva como um ponto de partida ou um renovado impulso para você adotar um estilo de vida mais saudável. Que as dicas e informações compartilhadas inspirem você a tomar decisões mais conscientes e a valorizar o seu bem-estar em todos os aspectos.

Lembre-se, cuidar da saúde e da nutrição não é um destino, mas sim uma jornada contínua de aprendizado e autoconhecimento. Celebre este dia dando o primeiro (ou mais um) passo em direção a uma vida mais saudável e feliz!

Que tal começar agora? Compartilhe este artigo com seus amigos e familiares para que mais pessoas se conscientizem sobre a importância do Dia da Saúde e da Nutrição. Deixe um comentário abaixo contando qual hábito saudável você pretende incorporar em sua rotina a partir de hoje!

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saúde

Creatina: Mitos e Verdades. O Que Dizem os Estudos da USP Sobre Rins, Cabelo e Uso Seguro

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Como nutricionista, recebo diariamente perguntas sobre creatina e seus possíveis efeitos nos rins, cabelo e peso. Vou esclarecer definitivamente o que é mito e o que é verdade sobre esse suplemento, baseando-me em uma extensa revisão científica publicada por pesquisadores da USP no Journal of the International Society of Sports Nutrition.

Creatina

A Creatina Prejudica os Rins?

MITO. Não há evidências científicas de que a creatina cause danos renais em pessoas saudáveis. Segundo o professor Bruno Gualano, da Faculdade de Medicina da USP, existe uma “evidência muito grande de que o suplemento é seguro” para a função renal.

A confusão surge porque os rins eliminam a creatinina (produto da quebra da creatina), e exames laboratoriais podem mostrar níveis elevados dessa substância no sangue. No entanto, isso não significa sobrecarga ou dano renal, apenas que há mais creatina sendo processada pelo organismo. A literatura científica analisada pela USP confirmou que não há efeito negativo da suplementação sobre os rins em indivíduos saudáveis.

Atenção: oriento que pessoas com doença renal pré-existente evitem a creatina ou usem apenas sob supervisão médica rigorosa.

A Creatina Causa Queda de Cabelo?

MITO. Não existem evidências científicas que comprovem que a creatina causa calvície. O mito surgiu de um único estudo realizado em 2009 com jogadores de rugby, que mostrou aumento de DHT (di-hidrotestosterona), hormônio associado à queda capilar.

No entanto, esse estudo tinha limitações importantes: foi pequeno, não avaliou diretamente a queda de cabelo, usou doses muito altas de creatina e seus resultados nunca foram replicados. Um estudo posterior com 45 homens que suplementaram 5 gramas de creatina por dia não encontrou diferenças nos níveis de testosterona total, livre ou DHT em comparação com o grupo placebo.

A tricologista Luciana Passoni explica que “não há evidências de que a creatina, quando suplementada na quantidade correta (de 3 a 5 gramas por dia), cause queda de cabelo”.

A Creatina Retém Líquido e Causa Inchaço?

VERDADE PARCIAL. Na minha experiência clínica, explico aos pacientes que a creatina causa retenção de água dentro das células musculares, não no corpo todo. Esse efeito é fisiológico e benéfico, pois o aumento de creatina nas células musculares atrai água para dentro delas, contribuindo para o aumento do volume muscular.

Creatina

Não há evidências científicas de que a creatina cause retenção de líquidos em outros órgãos ou inchaço generalizado. Segundo Hamilton Roschel, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP, apesar da “retenção de fluido intracelular”, a literatura mostra que não há efeito negativo sobre a pressão arterial ou acúmulo de líquido fora dos músculos.

A Creatina Engorda ou Aumenta o Peso?

DEPENDE DA PERSPECTIVA. Sempre explico aos meus pacientes que o ganho de peso observado com a creatina não é gordura, mas sim aumento de massa muscular e água intramuscular. A balança pode mostrar de 0,5 a 2 kg a mais nas primeiras semanas devido à retenção hídrica nas células musculares e ao ganho de massa magra.

Para quem busca hipertrofia e desempenho, esse é um efeito positivo. No entanto, para pessoas focadas apenas na perda de peso na balança, pode ser percebido negativamente. É importante entender que a creatina não causa acúmulo de gordura corporal e pode até auxiliar indiretamente no emagrecimento ao melhorar o desempenho nos treinos.

Quais São os Benefícios Comprovados da Creatina?

Creatina

Com base nos estudos da USP, confirmo diversos benefícios baseados em evidências científicas robustas:

  • Melhora do desempenho físico: aumenta força e potência muscular, especialmente em atividades de alta intensidade como musculação, futebol, basquete e vôlei
  • Recuperação muscular: reduz inflamação e acelera a recuperação pós-treino
  • Ganho de massa magra: favorece o aumento da massa muscular quando combinada com treinamento de resistência
  • Segurança comprovada: pode ser usada por adultos, adolescentes e idosos saudáveis
  • Benefício para não praticantes: melhora o desempenho muscular mesmo em pessoas sedentárias

Qual a Dosagem Recomendada de Creatina?

Recomendo aos meus pacientes a dose de 3 a 5 gramas por dia para manutenção. Segundo a nutricionista Débora Moreira, da USP, “a dose pode variar conforme as necessidades individuais” e deve ser ajustada com orientação profissional.

Com Fase de Saturação

O protocolo tradicional consiste em uma fase de saturação de 20 gramas por dia divididas em 4 doses de 5 gramas durante 5 a 7 dias, seguida pela dose de manutenção de 3 a 5 gramas diárias.

Sem Fase de Saturação

Pode-se iniciar diretamente com 3 a 5 gramas por dia sem fase de saturação. Os resultados demoram um pouco mais para aparecer (cerca de 3 a 4 semanas), mas o efeito final é o mesmo.

Quando Tomar: Antes ou Depois do Treino?

NÃO FAZ DIFERENÇA. Como o efeito da creatina é cumulativo e a longo prazo, as evidências científicas apontam que não há diferença significativa entre consumir antes ou depois do treino. O importante é manter a consistência diária na suplementação.

Quem NÃO Deve Usar Creatina?

Oriento que a creatina deve ser evitada ou usada com extrema cautela nos seguintes casos:

  • Pessoas com doença renal pré-existente ou comprometimento da função dos rins
  • Indivíduos com doença hepática (problemas no fígado)
  • Gestantes e lactantes (ainda não há evidências clínicas suficientes sobre segurança)
  • Crianças (a segurança não foi completamente estabelecida)
  • Pessoas com histórico de sintomas gastrointestinais graves

Sempre oriento a consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação.

Quais São os Efeitos Colaterais Reais da Creatina?

Os efeitos colaterais reais e documentados são mínimos quando a creatina é usada nas doses recomendadas:

  • Desconforto gastrointestinal leve: náusea, diarreia ou cólicas em alguns casos, geralmente quando consumida em doses muito altas de uma vez ou sem diluição adequada
  • Ganho de peso inicial: devido à retenção hídrica intramuscular (não é gordura)

Efeitos que NÃO ocorrem segundo a revisão científica da USP:

  • Não causa câncer
  • Não provoca hipertensão arterial
  • Não causa câimbras
  • Não compromete a fertilidade masculina
  • Não é um esteroide anabolizante

A Creatina Precisa de Pausa ou Ciclo?

NÃO É NECESSÁRIO. Diferente de substâncias anabolizantes, a creatina pode ser usada continuamente sem necessidade de ciclos ou pausas. O corpo não desenvolve “tolerância” e não há evidências de que pausas tragam benefícios adicionais para pessoas saudáveis.

Resumo Científico da USP

O estudo coordenado pelos professores Hamilton Roschel e Bruno Gualano, do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da USP, analisou dezenas de trabalhos científicos mundiais sobre creatina. A revisão narrativa publicada no Journal of the International Society of Sports Nutrition confirmou:

Fatos comprovados: a creatina melhora o desempenho físico em atividades de alta intensidade, é segura para adultos saudáveis, adolescentes e idosos, não causa danos renais ou hepáticos em pessoas saudáveis, não provoca câncer, hipertensão, câimbras ou calvície.

Mitos desmentidos: não prejudica os rins de pessoas saudáveis, não causa queda de cabelo, não é esteroide anabolizante, não compromete a fertilidade masculina, e a cafeína não atrapalha sua ação.

Áreas que necessitam mais pesquisa: efeitos terapêuticos específicos, segurança na gestação, doses ideais para efeito cognitivo.

FAQ – Perguntas Rápidas sobre Creatina

Perguntas Rápidas (FAQ)

Sim, a suplementação diária é segura e recomendada para manter os níveis musculares elevados.
Não, mas oriento sempre buscar orientação de nutricionista ou médico para ajuste de dose.
A creatina monohidratada é a forma mais estudada e eficaz.
Sim, os benefícios são os mesmos para homens e mulheres.
Com saturação: 5-7 dias. Sem saturação: 3-4 semanas.
Sim, não há evidências de que a cafeína em doses normais interfira na ação da creatina.

Conclusão

Como nutricionista, afirmo com segurança que a creatina é um dos suplementos mais seguros e eficazes disponíveis no mercado, com décadas de pesquisa científica comprovando seus benefícios. Os principais mitos como danos renais e queda de cabelo foram categoricamente desmentidos pela revisão científica da USP. Quando usada na dosagem adequada (3 a 5 gramas diárias) por pessoas saudáveis, a creatina oferece benefícios reais para o desempenho físico, recuperação muscular e ganho de massa magra, sem os riscos alardeados pela desinformação.

CITAÇÕES SOBRE A PESQUISA DA USP SOBRE CREATINA

Prof. Bruno Gualano (Faculdade de Medicina da USP)

“Existe uma evidência muito grande de que o suplemento é seguro para a função renal em pessoas saudáveis.”

Fonte: Jornal da USP – “Verdades e mitos sobre a creatina: estudo mostra o que já existe de evidência científica”
Link: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Data de Publicação: 22 de janeiro de 2025


Prof. Hamilton Roschel (Escola de Educação Física e Esporte da USP)

“Apesar da retenção de fluido intracelular, a literatura mostra que não há efeito negativo sobre a pressão arterial ou acúmulo de líquido fora dos músculos.”

Fonte: Jornal da USP – “Verdades e mitos sobre a creatina: estudo mostra o que já existe de evidência científica”
Link: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Data de Publicação: 22 de janeiro de 2025


Nutricionista Débora Moreira (USP)

“A dose pode variar conforme as necessidades individuais e deve ser ajustada com orientação profissional.”

Fonte: Revista Veja – “Nem problemas renais, nem queda de cabelo: veja os mitos e verdades sobre a creatina”
Link: https://veja.abril.com.br/saude/nem-problemas-renais-nem-queda-de-cabelo-veja-os-mitos-e-verdades-sobre-a-creatina/
Data de Publicação: 21 de janeiro de 2025


Citações de Especialistas Externos

Dra. Luciana Passoni (Tricologista)

“Não há evidências de que a creatina, quando suplementada na quantidade correta (de 3 a 5 gramas por dia), cause queda de cabelo.”

Fonte: CNN Brasil – “Creatina causa queda de cabelo? Especialistas respondem”
Link: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/creatina-causa-queda-de-cabelo-especialistas-respondem/
Data de Publicação: 28 de julho de 2025


Sobre o Estudo Principal

Título da Pesquisa: Revisão narrativa sobre mitos e verdades da creatina

Publicação: Journal of the International Society of Sports Nutrition

Instituição: Universidade de São Paulo (USP) – Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição

Coordenação: Prof. Hamilton Roschel e Prof. Bruno Gualano

Escola: Escola de Educação Física e Esporte (EEFE-USP)

Link da Notícia USP: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/

Link EEFE-USP: https://www.eefe.usp.br/clipping/verdades-e-mitos-sobre-creatina-estudo-mostra-o-que-já-existe-de-evidência-científica


Fontes Científicas Adicionais

Sobre Segurança Renal:

Sobre Queda de Cabelo:

Sobre Efeitos Colaterais:

Sobre Suplementação e Efeitos:


Principais Conclusões Citáveis do Estudo USP

  • “A creatina melhora o desempenho físico em atividades de alta intensidade e é segura para adultos saudáveis, adolescentes e idosos.”
  • “Não há evidências científicas de que a creatina cause danos renais, calvície, câncer, hipertensão ou comprometimento da fertilidade masculina em pessoas saudáveis.”
  • “A retenção hídrica causada pela creatina ocorre dentro das células musculares, não provocando inchaço generalizado no corpo.”
  • “A creatina pode ser usada continuamente sem necessidade de ciclos ou pausas, diferente de substâncias anabolizantes.”

Fonte de todas as conclusões: Jornal da USP e Revista Veja (Janeiro 2025)


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Saúde e Bem-estar

Whey Protein: É útil, mas não indispensável

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Whey Protein É útil, mas não indispensável

O Whey Protein se tornou um dos suplementos mais populares e onipresentes, tanto nas prateleiras das lojas de nutrição quanto nas cozinhas de atletas, entusiastas de fitness e até mesmo pessoas que buscam apenas uma fonte prática de proteína. Mas, em meio a tanto burburinho, surge a pergunta: ele é realmente essencial? A resposta mais honesta é: é útil, mas não indispensável.

Entender o papel do Whey Protein na sua rotina e quando ele se torna um aliado valioso é crucial para otimizar seus resultados e evitar gastos desnecessários. Este artigo detalhado vai desvendar a ciência por trás desse suplemento, mostrar as situações em que seu consumo é mais vantajoso e, o mais importante, ajudá-lo a determinar se você realmente precisa dele.

O Que é o Whey Protein e Por Que Ele é Tão Poderoso?

O Whey Protein é, basicamente, a proteína do soro do leite. Durante o processo de fabricação do queijo, o leite se separa em coalhada e soro, sendo o soro a parte líquida rica em proteínas de alto valor biológico.

Alto Valor Biológico: Isso significa que o Whey Protein contém todos os nove aminoácidos essenciais (aqueles que o corpo não produz e precisam ser obtidos pela alimentação), sendo especialmente rico em Leucina, um aminoácido-chave para a síntese proteica e o crescimento muscular.

Rápida Absorção: Essa é, talvez, a sua maior vantagem. O Whey Protein é digerido e absorvido muito rapidamente pelo organismo, liberando aminoácidos na corrente sanguínea de forma eficiente. Essa característica o torna ideal para o período pós-treino, quando o corpo está mais receptivo à reparação e construção muscular.

Três Tipos de Whey Protein: Qual a Diferença?

Existem três tipos principais no mercado, e a escolha entre eles deve considerar seus objetivos, sensibilidades alimentares e orçamento.

1. Whey Protein Concentrado (WPC)

É a forma menos processada e mais comum. Contém entre 70% e 80% de proteína, além de pequenas quantidades de carboidratos (lactose) e gorduras. É mais saboroso e o mais econômico. Pode causar desconforto em pessoas com intolerância leve à lactose.

2. Whey Protein Isolado (WPI)

Passa por um processamento adicional que remove quase toda a lactose e gordura, elevando a concentração proteica para cerca de 90% ou mais. É a melhor opção para quem tem intolerância à lactose e busca o máximo de proteína com o mínimo de calorias extras. É mais caro que o concentrado.

3. Whey Protein Hidrolisado (WPH)

É o tipo mais processado. As proteínas são “quebradas” em pedaços menores (peptídeos), o que torna a absorção ainda mais rápida e reduz o risco de reações alérgicas. É o mais caro e geralmente tem um sabor mais amargo, sendo recomendado para atletas de elite ou indivíduos com problemas digestivos específicos.

Quando o Whey Protein é Indispensável (Ou Quase Isso)

A utilidade do suplemento depende diretamente do contexto da sua dieta e do seu estilo de vida.

1. Atingir a Meta Proteica Diária

Se você tem dificuldade em consumir a quantidade ideal de proteína apenas com a alimentação — seja por falta de tempo, pouco apetite ou restrições dietéticas (como vegetarianismo ou veganismo, neste caso, o Whey Protein não se aplica, mas outras proteínas em pó sim) —, um shake de Whey Protein é a forma mais rápida e prática de suprir essa necessidade. Para atletas ou pessoas em intenso treinamento de força, a necessidade proteica é alta (podendo ultrapassar 2g por quilo de peso corporal), e o suplemento simplifica muito essa ingestão.

2. Recuperação Pós-Treino Rápida

Em momentos cruciais, como imediatamente após um treino intenso, a velocidade de absorção do Whey Protein se destaca. Ele acelera a entrega de aminoácidos para os músculos danificados, iniciando o processo de reparo e hipertrofia de forma mais eficiente do que a maioria dos alimentos sólidos. Embora uma refeição completa também funcione, o Whey Protein é inigualável em termos de praticidade e velocidade.

3. Controle de Peso e Saciedade

Por ser uma fonte de proteína pura e de baixo carboidrato (especialmente o isolado), o Whey Protein é um excelente aliado em dietas de emagrecimento. A proteína é o macronutriente que gera maior saciedade, ajudando a controlar o apetite e a preservar a massa muscular durante a perda de peso. Adicionar um scoop em lanches ou no café da manhã pode ser uma estratégia eficaz.

e supridas pela dieta tradicional. O consumo de Whey Protein por uma pessoa sedentária, sem déficit proteico, servirá apenas para adicionar calorias extras à dieta.

3. Como Substituição Exclusiva de Refeições

Embora seja útil para lanches ou complementar uma refeição, o Whey Protein não deve substituir refeições completas de forma rotineira. Alimentos integrais fornecem fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos essenciais que o suplemento não oferece. A alimentação deve ser sempre a base.

Quando o Whey Protein é Útil, Mas Totalmente Dispensável

Whey Protein É útil, mas não indispensável

Lembre-se: o Whey Protein é um suplemento, e a palavra-chave aqui é suplementar, ou seja, complementar uma dieta que já é sólida.

1. Se Sua Dieta Já é Rica em Proteínas

Se você já consome carne, ovos, frango, peixe, leguminosas e laticínios em quantidades suficientes para atingir sua meta diária de proteína, o benefício extra do Whey Protein será mínimo ou nulo. O corpo só consegue utilizar uma certa quantidade de proteína por dia; o excesso será transformado em energia ou gordura, não resultando em mais músculo. Neste cenário, gastar dinheiro com Whey Protein é desnecessário.

2. Para Indivíduos Sedentários ou com Baixa Atividade Física

Para quem não pratica exercícios físicos de forma regular e intensa, as necessidades proteicas são facilmente supridas pela dieta tradicional. O consumo de Whey Protein por uma pessoa sedentária, sem déficit proteico, servirá apenas para adicionar calorias extras à dieta.

3. Como Substituição Exclusiva de Refeições

Embora seja útil para lanches ou complementar uma refeição, o Whey Protein não deve substituir refeições completas de forma rotineira. Alimentos integrais fornecem fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos essenciais que o suplemento não oferece. A alimentação deve ser sempre a base.

Onde o Whey Protein se Encaixa na Sua Rotina

Para otimizar o uso do Whey Protein, considere os seguintes momentos:

  1. Pós-Treino: O momento clássico, para rápida recuperação muscular.
  2. Lanches: Misturado com frutas, iogurte ou água, é um lanche rápido e saciante.
  3. Café da Manhã: Adicionado a smoothies ou panquecas, eleva o teor proteico da primeira refeição do dia, ajudando a manter a saciedade por mais tempo.

Em resumo, o Whey Protein é uma ferramenta de nutrição incrivelmente conveniente e eficiente. Ele facilita a vida de quem tem altas demandas proteicas ou pouco tempo para preparar refeições. Contudo, ele não faz mágica e não substitui uma alimentação equilibrada. Invista no Whey Protein se ele preenche uma lacuna real na sua dieta ou se a praticidade for um fator decisivo para manter a consistência dos seus hábitos alimentares. Caso contrário, priorize a proteína dos alimentos integrais.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Whey Protein

Whey Protein engorda?

O Whey Protein por si só não engorda. O ganho de peso (em forma de gordura) é resultado do consumo de um excesso de calorias em relação ao que você gasta, independentemente da fonte. Se o consumo do Whey Protein fizer com que suas calorias diárias ultrapassem seu gasto energético, você pode engordar. Usado dentro de um plano alimentar com déficit calórico, ele auxilia no emagrecimento, pois a proteína promove saciedade e preserva a massa muscular.

Quem não treina pode tomar Whey Protein?

Sim, pode tomar. O Whey Protein é uma fonte de proteína de alta qualidade, semelhante à encontrada no leite, ovos ou carne. Se uma pessoa sedentária tem dificuldade em atingir a ingestão mínima de proteína através da alimentação, o Whey Protein pode ser uma forma prática de suplementar. No entanto, o benefício de crescimento muscular será mínimo sem o estímulo do exercício físico. O ideal é que a ingestão de Whey Protein seja acompanhada de uma rotina de exercícios.

Qual o melhor tipo de Whey Protein para quem tem intolerância à lactose?

O Whey Protein Isolado (WPI) é a melhor opção, pois passa por um processo de filtragem que remove a maior parte da lactose, tornando-o bem tolerado pela maioria das pessoas com intolerância. O Whey Protein Hidrolisado também é uma excelente opção por ser pré-digerido, embora seja mais caro. O Whey Concentrado (WPC) deve ser evitado, pois contém mais lactose.

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Saúde e Bem-estar

Estômago Alto: Por Que Sua Barriga Incha e Como Reduzir o Desconforto

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Estômago Alto

Quem nunca sentiu aquela sensação incômoda de inchaço abdominal após uma refeição ou em momentos de estresse? O que popularmente chamamos de estômago alto é, na verdade, um sintoma comum que afeta milhões de pessoas e pode ter diversas origens, desde hábitos alimentares simples até condições de saúde que merecem atenção.

O inchaço, a distensão abdominal e a sensação de “barriga estufada” são os sinais mais claros do que se convencionou chamar de estômago alto. Longe de ser apenas uma questão estética, esse desconforto pode afetar significativamente a qualidade de vida, a autoestima e até mesmo o sono. Mas, afinal, por que isso acontece e o que podemos fazer para aliviar?

Neste guia completo e detalhado, você vai entender as causas mais frequentes do inchaço, aprender a identificar os gatilhos e descobrir um conjunto de estratégias e mudanças no estilo de vida que podem ajudar a controlar e reduzir o desconforto causado pelo estômago alto. Prepare-se para conhecer as chaves para uma digestão mais suave e uma vida mais leve.

O Que Causa o Estômago Alto? Entendendo a Distensão Abdominal

O inchaço que caracteriza o estômago alto ocorre quando há um acúmulo excessivo de gases, líquidos ou, em casos mais raros, quando o trânsito intestinal está comprometido. O sintoma é frequentemente confundido com ganho de peso, mas na maioria das vezes, está relacionado diretamente ao funcionamento do seu sistema digestivo.

As Principais Fontes de Gases e Inchaço

A produção de gases é um processo natural da digestão, especialmente quando as bactérias do intestino grosso fermentam carboidratos não digeridos. No entanto, o excesso é o que leva ao desconforto do estômago alto.

1. Hábitos Alimentares

A forma como você come e o que você come são os maiores culpados.

  • Engolir Ar (Aerofagia): Beber líquidos com canudo, mascar chiclete, falar muito durante as refeições ou comer muito rápido faz com que você engula ar, que se acumula no estômago e no intestino.
  • Refrigerantes e Bebidas Gaseificadas: O gás carbônico presente nessas bebidas é liberado no seu sistema digestivo, contribuindo instantaneamente para o inchaço.
  • Alimentos Ricos em FODMAPs: Esta sigla refere-se a Carboidratos Fermentáveis, Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis. Alimentos como feijão, lentilha, brócolis, repolho, cebola, alho, maçã e alguns adoçantes (xilitol, sorbitol) são fermentados rapidamente no intestino, gerando grande volume de gases.

2. Intolerâncias e Sensibilidades Alimentares

A incapacidade do seu corpo de digerir certas substâncias pode levar a um aumento significativo da fermentação e, consequentemente, ao estômago alto.

  • Intolerância à Lactose: Dificuldade em digerir o açúcar do leite.
  • Intolerância ao Glúten (Doença Celíaca ou Sensibilidade Não-Celíaca): Causa inflamação e distensão em indivíduos sensíveis.

3. Condições Gastrointestinais

Se o estômago alto for persistente ou acompanhado de outros sintomas (dor, perda de peso, alteração no trânsito intestinal), é crucial investigar condições mais sérias.

  • Síndrome do Intestino Irritável (SII): Uma condição crônica que afeta o intestino grosso, levando a dor abdominal, cólicas e distensão.
  • Disbiose: Desequilíbrio na flora intestinal (micróbios), onde bactérias “ruins” ou fermentadoras se proliferam em excesso.
  • Constipação (Prisão de Ventre): Fezes acumuladas no intestino podem ocupar espaço e dificultar a eliminação de gases, resultando em um forte estômago alto.
  • Gastrite: A inflamação do revestimento do estômago também pode levar à sensação de peso e inchaço.

Estratégias Eficazes para Reduzir o Desconforto do Estômago Alto

Estômago Alto

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o desconforto do estômago alto pode ser aliviado ou evitado com ajustes simples e conscientes na sua rotina.

1. Ajustes na Forma de Comer

O primeiro passo é mudar seus hábitos de refeição.

  • Coma Devagar e Mastigue Bem: A digestão começa na boca. Mastigar adequadamente quebra os alimentos e reduz a quantidade de ar engolida, facilitando o trabalho do estômago e intestino.
  • Evite Beber Líquidos Durante as Refeições: Beber grandes volumes de água ou suco enquanto come pode diluir as enzimas digestivas, tornando a digestão mais lenta e contribuindo para o inchaço.

2. Escolha Seus Alimentos com Inteligência

Conhecer os gatilhos alimentares é fundamental para combater o estômago alto.

  • Identifique Seus Gatilhos: Faça um diário alimentar para identificar quais alimentos específicos (laticínios, feijão, frituras, etc.) causam mais inchaço em você.
  • Controle o Consumo de Sal: O excesso de sódio leva à retenção de líquidos, que pode contribuir para o inchaço abdominal.
  • Consuma Chás Digestivos: Chás como o de hortelã, funcho e gengibre possuem propriedades que podem acalmar o sistema digestivo e ajudar na eliminação de gases.

3. Movimento e Estilo de Vida

O sedentarismo é um inimigo da digestão saudável.

  • Movimente-se: A atividade física, mesmo uma caminhada leve, estimula os músculos abdominais e o trânsito intestinal, ajudando a liberar gases presos e a combater a prisão de ventre, uma das grandes causas do estômago alto.
  • Controle o Estresse: O intestino é conhecido como o “segundo cérebro”. O estresse e a ansiedade afetam a motilidade intestinal e a secreção de ácido, piorando os sintomas digestivos. Práticas como meditação e ioga podem ajudar.

4. Suplementos e Apoio Profissional

Em alguns casos, a ajuda de um profissional e o uso estratégico de suplementos podem ser necessários.

  • Probióticos: São microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro. Eles ajudam a reequilibrar a flora intestinal (combatendo a disbiose) e podem reduzir a fermentação excessiva.
  • Enzimas Digestivas: Pessoas com dificuldade para digerir gorduras, proteínas ou certos carboidratos podem se beneficiar de enzimas que auxiliam na quebra desses alimentos.
  • Consulte um Médico ou Nutricionista: Se o seu estômago alto for frequente, doloroso ou não melhorar com mudanças de estilo de vida, é fundamental buscar um gastroenterologista para descartar condições subjacentes (como as mencionadas – SII, Doença Celíaca, etc.) e obter um diagnóstico e tratamento adequados. Não se contente com o desconforto.

Conclusão: Uma Vida com Menos Inchaço

O estômago alto é um sinal de que algo na sua rotina digestiva não está funcionando perfeitamente. Na maioria das vezes, o problema está na rapidez com que comemos ou nos alimentos que escolhemos. No entanto, a persistência do inchaço exige uma investigação mais profunda.

Ao adotar uma abordagem consciente — mastigar melhor, evitar bebidas gaseificadas, identificar seus gatilhos alimentares e manter um estilo de vida ativo e com baixo estresse — você estará dando os passos mais importantes para controlar o inchaço. Lembre-se, um sistema digestivo saudável é a base para um corpo mais leve, energizado e, acima de tudo, livre do incômodo e persistente estômago alto. Comece hoje a implementar estas mudanças e sinta a diferença!

FAQ: Dúvidas Comuns Sobre Estômago Alto

O que fazer para aliviar o estômago alto rápido?

Para um alívio rápido, tente: 1) Caminhar por 10-15 minutos para estimular a eliminação de gases. 2) Beber um chá de hortelã ou funcho quente para relaxar o trato digestivo. 3) Massagear suavemente a barriga no sentido horário. Evitaritar deitar-se imediatamente após comer também ajuda a prevenir o acúmulo.

Quando o estômago alto pode ser algo grave?

O estômago alto torna-se preocupante e requer avaliação médica imediata se for acompanhado de sintomas como dor abdominal intensa e persistente, perda de peso inexplicada, sangue nas fezes, vômitos frequentes ou se você tiver febre. Nesses casos, o inchaço pode ser um sintoma de condições mais sérias, como doença inflamatória intestinal ou obstrução.

Beber água ajuda a reduzir o inchaço abdominal?

Sim, a água é essencial. A desidratação pode levar à constipação, que é uma causa primária de inchaço e estômago alto. Beber água suficiente (em torno de 2 litros por dia) ajuda a manter o trânsito intestinal regular, amolece as fezes e facilita a eliminação de resíduos e gases. No entanto, evite beber grandes quantidades durante as refeições.

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