Saúde e Bem-estar
Gorduras: qual a melhor para cozinhar?
Gorduras: qual a melhor para cozinhar?
Você já parou para pensar nas diferenças entre os diversos tipos de gorduras e óleos disponíveis para cozinhar?
Cada um tem suas próprias características e pode impactar a saúde e preparo dos alimentos de maneiras distintas, além de gerar muitas dúvidas em pessoas que procuram um estilo de vida mais saudável.
Qual a melhor gordura para usar na sua cozinha? Essa pergunta, aparentemente simples, pode gerar muitas dúvidas. Afinal, com tantas opções disponíveis no mercado, como escolher a mais saudável e saborosa? Neste guia completo, vamos desmistificar os mitos e verdades sobre as diferentes gorduras para cozinhar, ajudando você a fazer as melhores escolhas para a sua saúde e a da sua família.
As gorduras são nutrientes essenciais para o nosso organismo, desempenhando diversas funções importantes, como fornecer energia, proteger órgãos e auxiliar na absorção de vitaminas. No entanto, nem todas as gorduras são iguais. Cada tipo possui características nutricionais e comportamentos diferentes quando exposto ao calor.
1. Tipos de Gorduras e suas Características:
- Gorduras saturadas:
- Presentes em alimentos de origem animal, como manteiga, banha e carnes gordas, e em alguns óleos vegetais, como o de coco.
- Apesar de terem sido demonizadas por muito tempo, as gorduras saturadas não são as vilãs da dieta. Quando consumidas com moderação, podem fazer parte de uma alimentação saudável.
- Ponto de fumaça: Geralmente alto, o que as torna ideais para frituras e cozimentos em altas temperaturas.
- Aplicações culinárias: Manteiga para assados e biscoitos, banha para frituras, óleo de coco para preparos doces e salgados.
- Gorduras monoinsaturadas:
- Encontradas em abundância no azeite de oliva, abacate e oleaginosas.
- Possuem propriedades anti-inflamatórias e ajudam a reduzir o colesterol ruim.
- Ponto de fumaça: Moderado, ideal para refogar e finalizar pratos.
- Aplicações culinárias: Azeite de oliva extra virgem para temperos crus e cozimentos em temperaturas moderadas.
- Gorduras poliinsaturadas:
- Presentes em óleos vegetais como girassol, soja e milho, e em sementes como linhaça e chia.
- São importantes para a saúde do coração e do cérebro.
- Ponto de fumaça: Baixo, sensíveis ao calor e à oxidação.
- Aplicações culinárias: Melhor consumidas cruas ou em preparos que não exijam altas temperaturas.
- Gorduras trans:
- Produzidas industrialmente e presentes em alimentos processados, como margarinas e biscoitos.
- Aumentam o colesterol ruim e o risco de doenças cardiovasculares.
- Evitar ao máximo: Devem ser completamente evitadas na alimentação.
2. Qual a Melhor Gordura para Cozinhar?

A escolha da melhor gordura depende de diversos fatores, como o tipo de preparo, o ponto de fumaça e as suas preferências pessoais.
- Ponto de fumaça: É a temperatura em que a gordura começa a se decompor e liberar substâncias tóxicas.
- Perfil nutricional: Cada tipo de gordura possui um perfil nutricional diferente, com diferentes proporções de ácidos graxos.
- Sabor e aroma: As diferentes gorduras conferem sabores e aromas distintos aos alimentos.
- Tipo de preparo: Para frituras, é recomendado utilizar óleos com alto ponto de fumaça, como o de coco ou a banha. Para refogar e finalizar pratos, o azeite de oliva extravirgem é uma excelente opção.
3. Mitos e Verdades sobre as Gorduras:
- Mito: Todas as gorduras fazem mal.
- Verdade: As gorduras são nutrientes essenciais para o organismo, mas é importante escolher as fontes corretas e consumi-las com moderação.
- Mito: O azeite de oliva extravirgem não pode ser aquecido.
- Verdade: O azeite de oliva extravirgem pode ser utilizado em preparos quentes, mas é importante não ultrapassar o seu ponto de fumaça.
- Mito: A manteiga faz mal para o coração.
- Verdade: A manteiga contém gorduras saturadas, mas quando consumida com moderação e em conjunto com uma alimentação equilibrada, não oferece riscos à saúde.
Gorduras: qual a melhor para cozinhar?

Para ajudar você a incentivar escolhas mais informadas, reunimos as principais informações sobre algumas das gorduras e óleos mais comuns na casa dos brasileiros. Confira!
1. Azeite Extravirgem
- Origem: Produzido a partir da primeira prensagem a frio das azeitonas.
- Temperatura de Fusão: Aproximadamente 0°C, mantendo-se líquido à temperatura ambiente.
- Ponto de Fumaça: Cerca de 190-210°C.
- Usos: Ideal para temperar saladas, finalizar pratos e cozinhar a baixas temperaturas. Não é recomendado para frituras sob imersão.
- Benefícios: Rico em ácidos graxos monoinsaturados e antioxidantes, como polifenóis, que podem ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e promover a saúde geral.
- Riscos: Aquecimento excessivo pode levar à degradação dos antioxidantes e formação de compostos potencialmente prejudiciais.
2. Óleo Composto (Mistura de Óleos)
- Origem: Composição de diferentes óleos vegetais.
- Temperatura de Fusão: Varia dependendo da mistura.
- Ponto de Fumaça: Geralmente em torno de 200-220°C.
- Usos: Adequado para frituras e preparações a altas temperaturas.
- Benefícios: Pode oferecer uma combinação de ácidos graxos insaturados, dependendo dos óleos utilizados.
- Riscos: Pode conter óleos refinados que, ao serem aquecidos repetidamente, podem liberar substâncias prejudiciais.

3. Óleo de Soja
- Origem: Extraído dos grãos de soja.
- Temperatura de Fusão: Aproximadamente -16°C, líquido à temperatura ambiente.
- Ponto de Fumaça: Cerca de 230°C.
- Usos: Comumente usado em frituras e preparações a altas temperaturas.
- Benefícios: Contém ácidos graxos poli-insaturados, como o ômega-6, benéficos para a saúde cardiovascular.
- Riscos: O consumo excessivo de ômega-6 pode promover inflamação e desequilíbrio na dieta.
4. Óleo Vegetal (Óleos de Girassol, Milho, Canola, etc.)
- Origem: Extraído de sementes de plantas como girassol e milho.
- Temperatura de Fusão: Geralmente líquido à temperatura ambiente.
- Ponto de Fumaça: Cerca de 230°C.
- Usos: Adequado para frituras e assados.
- Benefícios: Rico em ácidos graxos poli-insaturados, especialmente o ômega-6.
- Riscos: Similar ao óleo de soja, pode contribuir para um desequilíbrio entre ômega-6 e ômega-3 na dieta.
5. Óleo de Coco
- Origem: Extraído da polpa do coco.
- Temperatura de Fusão: Aproximadamente 24°C, sólido ou líquido dependendo da temperatura.
- Ponto de Fumaça: Cerca de 177°C.
- Usos: Usado em preparações culinárias e assados; pode ser uma alternativa para algumas frituras.
- Benefícios: Contém triglicerídeos de cadeia média (MCTs), fornecendo uma fonte rápida de energia.
- Riscos: Rico em gorduras saturadas; o consumo excessivo pode elevar o colesterol LDL e o risco de doenças cardiovasculares.
6. Banha de Porco
- Origem: Extraída da carne de porco.
- Temperatura de Fusão: Aproximadamente 30-40°C; sólida à temperatura ambiente.
- Ponto de Fumaça: Cerca de 190-210°C.
- Usos: Adequada para frituras e cozimento a altas temperaturas; adiciona crocância e sabor a preparações.
- Benefícios: Melhora a textura e o sabor dos alimentos;
- Riscos: Rica em gorduras saturadas, o consumo excessivo pode elevar o colesterol LDL e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
7. Manteiga
- Origem: Feita a partir da gordura do leite.
- Temperatura de Fusão: Aproximadamente 32-35°C, sólida à temperatura ambiente.
- Ponto de Fumaça: Cerca de 150-175°C.
- Usos: Ideal para cozinhar, assar e dar sabor a diversos pratos.
- Benefícios: Contém vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K.
- Riscos: O alto teor de gorduras saturadas pode elevar o colesterol LDL, sendo recomendável consumo moderado.
8. Margarina
- Origem: Feita a partir de óleos vegetais que são parcialmente hidrogenados.
- Temperatura de Fusão: Aproximadamente 20-30°C, sólida à temperatura ambiente.
- Ponto de Fumaça: Cerca de 180-200°C.
- Usos: Usada como substituto da manteiga em várias preparações culinárias e assados.
- Benefícios: Muitas margarinas podem ter menos colesterol e gorduras saturadas comparado à manteiga.
- Riscos: O processo de hidrogenação pode criar gorduras trans, que são prejudiciais à saúde cardiovascular. Optar por margarinas livres de gorduras trans é importante.
Manter um equilíbrio saudável entre diferentes tipos de gorduras e escolher óleos com bons perfis nutricionais pode beneficiar a saúde. É fundamental entender o ponto de fumaça dos óleos para evitar a formação de compostos tóxicos e moderar o consumo de gorduras saturadas para promover a saúde cardiovascular.
Conclusão:
A escolha da melhor gordura para cozinhar depende de diversos fatores e não existe uma resposta única para todos. O ideal é variar as fontes de gordura e optar por alimentos frescos e minimamente processados. Ao escolher as gorduras, leve em consideração o ponto de fumaça, o perfil nutricional e o sabor que você deseja conferir aos seus pratos.
Lembre-se que uma alimentação equilibrada e variada é fundamental para a saúde. Consulte um nutricionista para obter um plano alimentar personalizado e tirar todas as suas dúvidas.

Saúde e Bem-estar
Gordura Corporal: 7 Curiosidades Surpreendentes
Se há um componente do nosso corpo que gera mais mitos, estigmas e discussões, é a gordura corporal. Muitas vezes vista apenas como um inimigo estético a ser combatido, a verdade é que o tecido adiposo é um órgão incrivelmente complexo, dinâmico e essencial para a nossa sobrevivência. Longe de ser apenas um reservatório inerte de calorias, a gordura corporal desempenha papéis vitais que vão desde a regulação hormonal até a proteção de órgãos.
Neste artigo, vamos desvendar sete fatos surpreendentes que mudarão completamente sua percepção sobre a gordura corporal. Prepare-se para conhecer o lado fascinante de algo que, apesar de todo o debate, é uma peça central na máquina humana.
1. A Gordura Corporal é um Órgão Endócrino Ativo
O Tecido Adiposo Secreto Hormônios e Citocinas
A primeira e talvez mais crucial curiosidade é que a gordura corporal, ou tecido adiposo, não é apenas um material de preenchimento. Ela é, na verdade, um órgão endócrino altamente ativo.
Isso significa que as células de gordura (adipócitos) secretam uma vasta gama de hormônios e moléculas sinalizadoras, conhecidas como adipocinas, que circulam pelo corpo e influenciam inúmeros processos. Um dos exemplos mais famosos é a leptina, o “hormônio da saciedade”, que sinaliza ao cérebro quando você está satisfeito. Outras adipocinas importantes incluem a adiponectina (que melhora a sensibilidade à insulina) e citocinas inflamatórias.
Quando a quantidade de gordura corporal está desregulada (em excesso ou em falta), a produção desses hormônios é alterada, o que pode levar a problemas de saúde como resistência à insulina, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. É por isso que a distribuição e a saúde da sua gordura corporal importam tanto quanto a quantidade.
2. Existem Diferentes “Cores” de Gordura e Cada Uma Tem uma Função Única
Nem toda gordura é criada igual. A ciência identificou, primariamente, três tipos principais de tecido adiposo:
Gordura Branca: O Reservatório de Energia
A gordura corporal branca é o tipo mais abundante. Sua principal função é armazenar energia na forma de triglicerídeos. É também a gordura que se acumula no abdômen (visceral) e sob a pele (subcutânea). Enquanto a gordura subcutânea é geralmente mais benigna, o excesso de gordura branca visceral está fortemente ligado ao risco metabólico.
Gordura Marrom: O “Queimador” de Calorias
A gordura marrom é especial porque sua função primária não é armazenar energia, mas sim gerar calor (termogênese sem tremores). Ela é rica em mitocôndrias (que a dão a cor marrom) e usa glicose e ácidos graxos para produzir calor em vez de ATP. É mais comum em bebês, mas adultos ainda a possuem em pequenas quantidades, principalmente no pescoço e clavículas. A ativação da gordura marrom é uma área promissora na pesquisa sobre obesidade.
Gordura Bege: O Intermediário Adaptável
Mais recentemente, cientistas identificaram a gordura bege, que se forma dentro do tecido adiposo branco. A gordura bege pode ser “ativada” por exposição ao frio ou por certos hormônios para começar a se comportar como gordura marrom, queimando energia para gerar calor. Esse processo é conhecido como browning (amarronzamento) do tecido adiposo branco.
3. A Gordura Corporal é Essencial para a Absorção de Vitaminas
A gordura corporal e os lipídios que ingerimos são cruciais para a absorção de nutrientes vitais. Especificamente, certas vitaminas são lipossolúveis, o que significa que elas só podem ser absorvidas adequadamente na presença de gordura.
As vitaminas lipossolúveis são:
- Vitamina A: Essencial para a visão, função imunológica e crescimento celular.
- Vitamina D: Importante para a saúde óssea e função imunológica.
- Vitamina E: Um poderoso antioxidante.
- Vitamina K: Crucial para a coagulação do sangue e saúde óssea.
Uma dieta com pouca ou nenhuma gordura, ou uma condição que impede a absorção eficiente de gordura, pode levar à deficiência dessas vitaminas essenciais.
4. O Cérebro Humano é Quase 60% Gordura
Embora o foco seja frequentemente na gordura corporal armazenada, não podemos esquecer que a gordura é um componente estrutural fundamental. O nosso cérebro, o órgão mais complexo, é composto por cerca de 60% de gordura, sendo o segundo órgão mais gordo do corpo, perdendo apenas para o próprio tecido adiposo.
Essa gordura cerebral é composta principalmente por ácidos graxos essenciais, como o ômega-3 (DHA e EPA), que são vitais para:
- Estrutura da Membrana Celular: Ajudam a manter a fluidez e a integridade das membranas dos neurônios.
- Comunicação Neuronal: Desempenham um papel chave na sinalização entre células nervosas.
- Desenvolvimento Cognitivo: São cruciais durante a gestação e a infância para o desenvolvimento adequado do cérebro.
A deficiência dessas gorduras pode estar ligada a problemas cognitivos e de humor.
5. A Gordura Corporal Atua Como “Almofada de Choque”
Uma das funções mais elementares e frequentemente esquecidas da gordura corporal é a proteção mecânica. O tecido adiposo serve como uma camada de amortecimento para órgãos vitais e partes do corpo expostas a traumas.
A gordura visceral, por exemplo, envolve e protege órgãos como rins e fígado. Além disso, temos depósitos de gordura especializados que funcionam como coxins de absorção de choque, como a gordura sob as palmas dos pés e ao redor dos globos oculares. Imagine o estresse nos seus pés a cada passo sem essa camada de proteção!
6. Você Não “Perde Células de Gordura” ao Emagrecer, Elas Apenas Encolhem
Um mito comum é que, ao perder peso, você se livra das células de gordura corporal. A realidade é mais complexa.
As células de gordura (adipócitos) se formam e se multiplicam principalmente durante a infância e adolescência. Na vida adulta, o número de adipócitos geralmente permanece estável. Quando você ganha peso, essas células existentes aumentam de tamanho ao armazenar mais triglicerídeos. Quando você perde peso, as células de gordura encolhem, liberando esses triglicerídeos para serem usados como energia.
É o volume de triglicerídeos armazenados que diminui, e não o número de células (embora em casos de obesidade extrema, novas células possam ser formadas, um processo chamado hiperplasia). Essa estabilidade no número de células pode ser uma das razões pelas quais é comum o “efeito sanfona”; seu corpo já tem os “recipientes” prontos para serem preenchidos novamente se o balanço energético for revertido.

7. A Gordura Corporal é Crucial para a Regulação da Temperatura
A gordura corporal subcutânea (aquela logo abaixo da pele) é um isolante térmico extremamente eficaz. Este é um papel evolutivo crucial.
Como um isolante, a gordura ajuda a minimizar a perda de calor corporal para o ambiente. Isso é particularmente vital em climas frios.
- Proteção Contra o Frio: Uma camada adequada de gordura corporal impede que o corpo gaste mais energia tentando manter sua temperatura interna estável ($37^\circ C$ em média).
- Homeostase: Ajudar a manter uma temperatura interna constante (homeostase) permite que as reações metabólicas e as funções enzimáticas ocorram de forma eficiente.
A importância dessa isolação é evidente em mamíferos que vivem em regiões árticas, onde camadas espessas de gordura (blubber, em inglês) são essenciais para a sobrevivência.
Desmistificando o Tecido Adiposo
A gordura corporal é muito mais do que a simples contagem de calorias. Ela é um sistema complexo que armazena, protege, regula e sinaliza.
Compreender essas sete curiosidades surpreendentes sobre a gordura corporal é o primeiro passo para ter uma visão mais equilibrada sobre a saúde e o bem-estar. Não se trata de eliminá-la por completo, mas sim de manter uma quantidade e distribuição saudáveis, respeitando as complexas funções fisiológicas que este notável “órgão” desempenha.

Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é a gordura visceral e por que ela é perigosa?
A gordura visceral é o tecido adiposo armazenado profundamente na cavidade abdominal, envolvendo órgãos internos como o fígado, pâncreas e intestinos. Ela é considerada mais perigosa do que a gordura subcutânea (logo abaixo da pele) porque é metabolicamente mais ativa e libera mais substâncias inflamatórias e ácidos graxos na circulação portal, aumentando o risco de resistência à insulina, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer.
É possível “transformar” gordura branca em gordura marrom?
Sim, este processo é chamado de browning (amarronzamento). Cientistas demonstraram que o tecido adiposo branco pode adquirir características da gordura marrom (como maior número de mitocôndrias) e começar a gerar calor. Fatores como a exposição ao frio e certos compostos hormonais ou dietéticos demonstraram potencial para estimular esse processo.
A gordura corporal é a única fonte de energia do corpo?
Não. A principal fonte de energia preferida pelo corpo para a maioria das células é a glicose, proveniente dos carboidratos. No entanto, a gordura corporal é a principal forma de armazenamento de energia a longo prazo e torna-se a fonte de combustível dominante durante exercícios de baixa a moderada intensidade e em períodos de jejum ou baixa ingestão calórica. O corpo utiliza uma combinação de glicose, gordura e, em menor grau, proteínas.

saúde
Creatina: Mitos e Verdades. O Que Dizem os Estudos da USP Sobre Rins, Cabelo e Uso Seguro
Como nutricionista, recebo diariamente perguntas sobre creatina e seus possíveis efeitos nos rins, cabelo e peso. Vou esclarecer definitivamente o que é mito e o que é verdade sobre esse suplemento, baseando-me em uma extensa revisão científica publicada por pesquisadores da USP no Journal of the International Society of Sports Nutrition.

A Creatina Prejudica os Rins?
MITO. Não há evidências científicas de que a creatina cause danos renais em pessoas saudáveis. Segundo o professor Bruno Gualano, da Faculdade de Medicina da USP, existe uma “evidência muito grande de que o suplemento é seguro” para a função renal.
A confusão surge porque os rins eliminam a creatinina (produto da quebra da creatina), e exames laboratoriais podem mostrar níveis elevados dessa substância no sangue. No entanto, isso não significa sobrecarga ou dano renal, apenas que há mais creatina sendo processada pelo organismo. A literatura científica analisada pela USP confirmou que não há efeito negativo da suplementação sobre os rins em indivíduos saudáveis.
Atenção: oriento que pessoas com doença renal pré-existente evitem a creatina ou usem apenas sob supervisão médica rigorosa.
A Creatina Causa Queda de Cabelo?
MITO. Não existem evidências científicas que comprovem que a creatina causa calvície. O mito surgiu de um único estudo realizado em 2009 com jogadores de rugby, que mostrou aumento de DHT (di-hidrotestosterona), hormônio associado à queda capilar.
No entanto, esse estudo tinha limitações importantes: foi pequeno, não avaliou diretamente a queda de cabelo, usou doses muito altas de creatina e seus resultados nunca foram replicados. Um estudo posterior com 45 homens que suplementaram 5 gramas de creatina por dia não encontrou diferenças nos níveis de testosterona total, livre ou DHT em comparação com o grupo placebo.
A tricologista Luciana Passoni explica que “não há evidências de que a creatina, quando suplementada na quantidade correta (de 3 a 5 gramas por dia), cause queda de cabelo”.
A Creatina Retém Líquido e Causa Inchaço?
VERDADE PARCIAL. Na minha experiência clínica, explico aos pacientes que a creatina causa retenção de água dentro das células musculares, não no corpo todo. Esse efeito é fisiológico e benéfico, pois o aumento de creatina nas células musculares atrai água para dentro delas, contribuindo para o aumento do volume muscular.

Não há evidências científicas de que a creatina cause retenção de líquidos em outros órgãos ou inchaço generalizado. Segundo Hamilton Roschel, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP, apesar da “retenção de fluido intracelular”, a literatura mostra que não há efeito negativo sobre a pressão arterial ou acúmulo de líquido fora dos músculos.
A Creatina Engorda ou Aumenta o Peso?
DEPENDE DA PERSPECTIVA. Sempre explico aos meus pacientes que o ganho de peso observado com a creatina não é gordura, mas sim aumento de massa muscular e água intramuscular. A balança pode mostrar de 0,5 a 2 kg a mais nas primeiras semanas devido à retenção hídrica nas células musculares e ao ganho de massa magra.
Para quem busca hipertrofia e desempenho, esse é um efeito positivo. No entanto, para pessoas focadas apenas na perda de peso na balança, pode ser percebido negativamente. É importante entender que a creatina não causa acúmulo de gordura corporal e pode até auxiliar indiretamente no emagrecimento ao melhorar o desempenho nos treinos.
Quais São os Benefícios Comprovados da Creatina?

Com base nos estudos da USP, confirmo diversos benefícios baseados em evidências científicas robustas:
- Melhora do desempenho físico: aumenta força e potência muscular, especialmente em atividades de alta intensidade como musculação, futebol, basquete e vôlei
- Recuperação muscular: reduz inflamação e acelera a recuperação pós-treino
- Ganho de massa magra: favorece o aumento da massa muscular quando combinada com treinamento de resistência
- Segurança comprovada: pode ser usada por adultos, adolescentes e idosos saudáveis
- Benefício para não praticantes: melhora o desempenho muscular mesmo em pessoas sedentárias
Qual a Dosagem Recomendada de Creatina?
Recomendo aos meus pacientes a dose de 3 a 5 gramas por dia para manutenção. Segundo a nutricionista Débora Moreira, da USP, “a dose pode variar conforme as necessidades individuais” e deve ser ajustada com orientação profissional.
Com Fase de Saturação
O protocolo tradicional consiste em uma fase de saturação de 20 gramas por dia divididas em 4 doses de 5 gramas durante 5 a 7 dias, seguida pela dose de manutenção de 3 a 5 gramas diárias.
Sem Fase de Saturação
Pode-se iniciar diretamente com 3 a 5 gramas por dia sem fase de saturação. Os resultados demoram um pouco mais para aparecer (cerca de 3 a 4 semanas), mas o efeito final é o mesmo.
Quando Tomar: Antes ou Depois do Treino?
NÃO FAZ DIFERENÇA. Como o efeito da creatina é cumulativo e a longo prazo, as evidências científicas apontam que não há diferença significativa entre consumir antes ou depois do treino. O importante é manter a consistência diária na suplementação.
Quem NÃO Deve Usar Creatina?
Oriento que a creatina deve ser evitada ou usada com extrema cautela nos seguintes casos:
- Pessoas com doença renal pré-existente ou comprometimento da função dos rins
- Indivíduos com doença hepática (problemas no fígado)
- Gestantes e lactantes (ainda não há evidências clínicas suficientes sobre segurança)
- Crianças (a segurança não foi completamente estabelecida)
- Pessoas com histórico de sintomas gastrointestinais graves
Sempre oriento a consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação.
Quais São os Efeitos Colaterais Reais da Creatina?
Os efeitos colaterais reais e documentados são mínimos quando a creatina é usada nas doses recomendadas:
- Desconforto gastrointestinal leve: náusea, diarreia ou cólicas em alguns casos, geralmente quando consumida em doses muito altas de uma vez ou sem diluição adequada
- Ganho de peso inicial: devido à retenção hídrica intramuscular (não é gordura)
Efeitos que NÃO ocorrem segundo a revisão científica da USP:
- Não causa câncer
- Não provoca hipertensão arterial
- Não causa câimbras
- Não compromete a fertilidade masculina
- Não é um esteroide anabolizante
A Creatina Precisa de Pausa ou Ciclo?
NÃO É NECESSÁRIO. Diferente de substâncias anabolizantes, a creatina pode ser usada continuamente sem necessidade de ciclos ou pausas. O corpo não desenvolve “tolerância” e não há evidências de que pausas tragam benefícios adicionais para pessoas saudáveis.
Resumo Científico da USP
O estudo coordenado pelos professores Hamilton Roschel e Bruno Gualano, do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da USP, analisou dezenas de trabalhos científicos mundiais sobre creatina. A revisão narrativa publicada no Journal of the International Society of Sports Nutrition confirmou:
Fatos comprovados: a creatina melhora o desempenho físico em atividades de alta intensidade, é segura para adultos saudáveis, adolescentes e idosos, não causa danos renais ou hepáticos em pessoas saudáveis, não provoca câncer, hipertensão, câimbras ou calvície.
Mitos desmentidos: não prejudica os rins de pessoas saudáveis, não causa queda de cabelo, não é esteroide anabolizante, não compromete a fertilidade masculina, e a cafeína não atrapalha sua ação.
Áreas que necessitam mais pesquisa: efeitos terapêuticos específicos, segurança na gestação, doses ideais para efeito cognitivo.
Perguntas Rápidas (FAQ)
Conclusão
Como nutricionista, afirmo com segurança que a creatina é um dos suplementos mais seguros e eficazes disponíveis no mercado, com décadas de pesquisa científica comprovando seus benefícios. Os principais mitos como danos renais e queda de cabelo foram categoricamente desmentidos pela revisão científica da USP. Quando usada na dosagem adequada (3 a 5 gramas diárias) por pessoas saudáveis, a creatina oferece benefícios reais para o desempenho físico, recuperação muscular e ganho de massa magra, sem os riscos alardeados pela desinformação.
CITAÇÕES SOBRE A PESQUISA DA USP SOBRE CREATINA
Prof. Bruno Gualano (Faculdade de Medicina da USP)
“Existe uma evidência muito grande de que o suplemento é seguro para a função renal em pessoas saudáveis.”
Fonte: Jornal da USP – “Verdades e mitos sobre a creatina: estudo mostra o que já existe de evidência científica”
Link: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Data de Publicação: 22 de janeiro de 2025
Prof. Hamilton Roschel (Escola de Educação Física e Esporte da USP)
“Apesar da retenção de fluido intracelular, a literatura mostra que não há efeito negativo sobre a pressão arterial ou acúmulo de líquido fora dos músculos.”
Fonte: Jornal da USP – “Verdades e mitos sobre a creatina: estudo mostra o que já existe de evidência científica”
Link: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Data de Publicação: 22 de janeiro de 2025
Nutricionista Débora Moreira (USP)
“A dose pode variar conforme as necessidades individuais e deve ser ajustada com orientação profissional.”
Fonte: Revista Veja – “Nem problemas renais, nem queda de cabelo: veja os mitos e verdades sobre a creatina”
Link: https://veja.abril.com.br/saude/nem-problemas-renais-nem-queda-de-cabelo-veja-os-mitos-e-verdades-sobre-a-creatina/
Data de Publicação: 21 de janeiro de 2025
Citações de Especialistas Externos
Dra. Luciana Passoni (Tricologista)
“Não há evidências de que a creatina, quando suplementada na quantidade correta (de 3 a 5 gramas por dia), cause queda de cabelo.”
Fonte: CNN Brasil – “Creatina causa queda de cabelo? Especialistas respondem”
Link: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/creatina-causa-queda-de-cabelo-especialistas-respondem/
Data de Publicação: 28 de julho de 2025
Sobre o Estudo Principal
Título da Pesquisa: Revisão narrativa sobre mitos e verdades da creatina
Publicação: Journal of the International Society of Sports Nutrition
Instituição: Universidade de São Paulo (USP) – Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição
Coordenação: Prof. Hamilton Roschel e Prof. Bruno Gualano
Escola: Escola de Educação Física e Esporte (EEFE-USP)
Link da Notícia USP: https://jornal.usp.br/ciencias/verdades-e-mitos-sobre-a-creatina-estudo-mostra-o-que-ja-existe-de-evidencia-cientifica/
Link EEFE-USP: https://www.eefe.usp.br/clipping/verdades-e-mitos-sobre-creatina-estudo-mostra-o-que-já-existe-de-evidência-científica
Fontes Científicas Adicionais
Sobre Segurança Renal:
- Olhar da Saúde – “Mito ou verdade: creatina sobrecarrega os rins?”
Link: https://www.olhardasaude.com.br/mito-ou-verdade-creatina-sobrecarrega-os-rins/
Data: 27 de maio de 2025
Sobre Queda de Cabelo:
- Terra – “Um novo estudo esclarece a suposta relação entre creatina e calvície”
Link: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/um-novo-estudo-esclarece-a-suposta-relacao-entre-creatina-e-calvicie,fb2974310aa1f536bfc10e8afad6df7d8o2ipw24.html
Data: 29 de maio de 2025
Sobre Efeitos Colaterais:
- Integral Médica – “Efeitos colaterais da creatina: entenda o impacto no organismo”
Link: https://blog.integralmedica.com.br/efeitos-colaterais-da-creatina/
Data: 21 de outubro de 2024
Sobre Suplementação e Efeitos:
- RBNE – “Suplementação de creatina e possíveis efeitos colaterais”
Link: https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/58/0
Data: 7 de janeiro de 2012
Principais Conclusões Citáveis do Estudo USP
- “A creatina melhora o desempenho físico em atividades de alta intensidade e é segura para adultos saudáveis, adolescentes e idosos.”
- “Não há evidências científicas de que a creatina cause danos renais, calvície, câncer, hipertensão ou comprometimento da fertilidade masculina em pessoas saudáveis.”
- “A retenção hídrica causada pela creatina ocorre dentro das células musculares, não provocando inchaço generalizado no corpo.”
- “A creatina pode ser usada continuamente sem necessidade de ciclos ou pausas, diferente de substâncias anabolizantes.”
Fonte de todas as conclusões: Jornal da USP e Revista Veja (Janeiro 2025)
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Entender o papel do Whey Protein na sua rotina e quando ele se torna um aliado valioso é crucial para otimizar seus resultados e evitar gastos desnecessários. Este artigo detalhado vai desvendar a ciência por trás desse suplemento, mostrar as situações em que seu consumo é mais vantajoso e, o mais importante, ajudá-lo a determinar se você realmente precisa dele.
O Que é o Whey Protein e Por Que Ele é Tão Poderoso?
O Whey Protein é, basicamente, a proteína do soro do leite. Durante o processo de fabricação do queijo, o leite se separa em coalhada e soro, sendo o soro a parte líquida rica em proteínas de alto valor biológico.
Alto Valor Biológico: Isso significa que o Whey Protein contém todos os nove aminoácidos essenciais (aqueles que o corpo não produz e precisam ser obtidos pela alimentação), sendo especialmente rico em Leucina, um aminoácido-chave para a síntese proteica e o crescimento muscular.
Rápida Absorção: Essa é, talvez, a sua maior vantagem. O Whey Protein é digerido e absorvido muito rapidamente pelo organismo, liberando aminoácidos na corrente sanguínea de forma eficiente. Essa característica o torna ideal para o período pós-treino, quando o corpo está mais receptivo à reparação e construção muscular.
Três Tipos de Whey Protein: Qual a Diferença?
Existem três tipos principais no mercado, e a escolha entre eles deve considerar seus objetivos, sensibilidades alimentares e orçamento.
1. Whey Protein Concentrado (WPC)
É a forma menos processada e mais comum. Contém entre 70% e 80% de proteína, além de pequenas quantidades de carboidratos (lactose) e gorduras. É mais saboroso e o mais econômico. Pode causar desconforto em pessoas com intolerância leve à lactose.
2. Whey Protein Isolado (WPI)
Passa por um processamento adicional que remove quase toda a lactose e gordura, elevando a concentração proteica para cerca de 90% ou mais. É a melhor opção para quem tem intolerância à lactose e busca o máximo de proteína com o mínimo de calorias extras. É mais caro que o concentrado.
3. Whey Protein Hidrolisado (WPH)
É o tipo mais processado. As proteínas são “quebradas” em pedaços menores (peptídeos), o que torna a absorção ainda mais rápida e reduz o risco de reações alérgicas. É o mais caro e geralmente tem um sabor mais amargo, sendo recomendado para atletas de elite ou indivíduos com problemas digestivos específicos.
Quando o Whey Protein é Indispensável (Ou Quase Isso)
A utilidade do suplemento depende diretamente do contexto da sua dieta e do seu estilo de vida.
1. Atingir a Meta Proteica Diária
Se você tem dificuldade em consumir a quantidade ideal de proteína apenas com a alimentação — seja por falta de tempo, pouco apetite ou restrições dietéticas (como vegetarianismo ou veganismo, neste caso, o Whey Protein não se aplica, mas outras proteínas em pó sim) —, um shake de Whey Protein é a forma mais rápida e prática de suprir essa necessidade. Para atletas ou pessoas em intenso treinamento de força, a necessidade proteica é alta (podendo ultrapassar 2g por quilo de peso corporal), e o suplemento simplifica muito essa ingestão.
2. Recuperação Pós-Treino Rápida
Em momentos cruciais, como imediatamente após um treino intenso, a velocidade de absorção do Whey Protein se destaca. Ele acelera a entrega de aminoácidos para os músculos danificados, iniciando o processo de reparo e hipertrofia de forma mais eficiente do que a maioria dos alimentos sólidos. Embora uma refeição completa também funcione, o Whey Protein é inigualável em termos de praticidade e velocidade.
3. Controle de Peso e Saciedade
Por ser uma fonte de proteína pura e de baixo carboidrato (especialmente o isolado), o Whey Protein é um excelente aliado em dietas de emagrecimento. A proteína é o macronutriente que gera maior saciedade, ajudando a controlar o apetite e a preservar a massa muscular durante a perda de peso. Adicionar um scoop em lanches ou no café da manhã pode ser uma estratégia eficaz.
e supridas pela dieta tradicional. O consumo de Whey Protein por uma pessoa sedentária, sem déficit proteico, servirá apenas para adicionar calorias extras à dieta.
3. Como Substituição Exclusiva de Refeições
Embora seja útil para lanches ou complementar uma refeição, o Whey Protein não deve substituir refeições completas de forma rotineira. Alimentos integrais fornecem fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos essenciais que o suplemento não oferece. A alimentação deve ser sempre a base.
Quando o Whey Protein é Útil, Mas Totalmente Dispensável

Lembre-se: o Whey Protein é um suplemento, e a palavra-chave aqui é suplementar, ou seja, complementar uma dieta que já é sólida.
1. Se Sua Dieta Já é Rica em Proteínas
Se você já consome carne, ovos, frango, peixe, leguminosas e laticínios em quantidades suficientes para atingir sua meta diária de proteína, o benefício extra do Whey Protein será mínimo ou nulo. O corpo só consegue utilizar uma certa quantidade de proteína por dia; o excesso será transformado em energia ou gordura, não resultando em mais músculo. Neste cenário, gastar dinheiro com Whey Protein é desnecessário.
2. Para Indivíduos Sedentários ou com Baixa Atividade Física
Para quem não pratica exercícios físicos de forma regular e intensa, as necessidades proteicas são facilmente supridas pela dieta tradicional. O consumo de Whey Protein por uma pessoa sedentária, sem déficit proteico, servirá apenas para adicionar calorias extras à dieta.
3. Como Substituição Exclusiva de Refeições
Embora seja útil para lanches ou complementar uma refeição, o Whey Protein não deve substituir refeições completas de forma rotineira. Alimentos integrais fornecem fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos essenciais que o suplemento não oferece. A alimentação deve ser sempre a base.
Onde o Whey Protein se Encaixa na Sua Rotina
Para otimizar o uso do Whey Protein, considere os seguintes momentos:
- Pós-Treino: O momento clássico, para rápida recuperação muscular.
- Lanches: Misturado com frutas, iogurte ou água, é um lanche rápido e saciante.
- Café da Manhã: Adicionado a smoothies ou panquecas, eleva o teor proteico da primeira refeição do dia, ajudando a manter a saciedade por mais tempo.
Em resumo, o Whey Protein é uma ferramenta de nutrição incrivelmente conveniente e eficiente. Ele facilita a vida de quem tem altas demandas proteicas ou pouco tempo para preparar refeições. Contudo, ele não faz mágica e não substitui uma alimentação equilibrada. Invista no Whey Protein se ele preenche uma lacuna real na sua dieta ou se a praticidade for um fator decisivo para manter a consistência dos seus hábitos alimentares. Caso contrário, priorize a proteína dos alimentos integrais.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Whey Protein
Whey Protein engorda?
O Whey Protein por si só não engorda. O ganho de peso (em forma de gordura) é resultado do consumo de um excesso de calorias em relação ao que você gasta, independentemente da fonte. Se o consumo do Whey Protein fizer com que suas calorias diárias ultrapassem seu gasto energético, você pode engordar. Usado dentro de um plano alimentar com déficit calórico, ele auxilia no emagrecimento, pois a proteína promove saciedade e preserva a massa muscular.
Quem não treina pode tomar Whey Protein?
Sim, pode tomar. O Whey Protein é uma fonte de proteína de alta qualidade, semelhante à encontrada no leite, ovos ou carne. Se uma pessoa sedentária tem dificuldade em atingir a ingestão mínima de proteína através da alimentação, o Whey Protein pode ser uma forma prática de suplementar. No entanto, o benefício de crescimento muscular será mínimo sem o estímulo do exercício físico. O ideal é que a ingestão de Whey Protein seja acompanhada de uma rotina de exercícios.
Qual o melhor tipo de Whey Protein para quem tem intolerância à lactose?
O Whey Protein Isolado (WPI) é a melhor opção, pois passa por um processo de filtragem que remove a maior parte da lactose, tornando-o bem tolerado pela maioria das pessoas com intolerância. O Whey Protein Hidrolisado também é uma excelente opção por ser pré-digerido, embora seja mais caro. O Whey Concentrado (WPC) deve ser evitado, pois contém mais lactose.

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